terça-feira, 15 de novembro de 2011

POST 1027: QUEM DEVE FAZER A PROVA? Por Rodolfo Araújo

Pelo Twitter o amigo Flavio Carvalho faz o seguinte desabafo:



De fato, o modelo educacional tradicional deixa muito a desejar quando mede o desempenho dos alunos através de provas, testes e outros elementos quantitativos. Mas como escrevi em Aprender a ensinar ou ensinar a aprender?, tal sistema ainda é utilizado para atender a uma necessidade do início do século passado: a padronização do ensino, para atender ao maior número possível de alunos.

A inadequação do método fica mais evidente conforme mudam as habilidades exigidas dos profissionais no mercado de trabalho. Em tarefas onde inovação e criatividade são essenciais, tem-se alunos habituados a preencher formulários, marcar opções corretas (ou erradas), memorizar datas e decorar fórmulas.


Mas hoje o ambiente corporativo tem necessidades bem diferentes. Se um jovem é acostumado a escolher dentre alternativas pré-estabelecidas, como ele haverá de criar suas próprias, quando as atuais não servirem?

O atual modelo educacional condiciona o aluno a um pensamento de múltipla escolha, para depois forçá-lo a viver num mundo dissertativo. Quando se enfrenta a realidade, não adianta saber dar as respostas - é preciso saber fazer as perguntas.

Ora, se o importante é saber fazer as perguntas - em vez de dar as respostas - então nada melhor do que uma prova! O erro está em quem faz a prova. Se você quer que o aluno aprenda a fazer as perguntas, então deixe que ele, o aluno, elabore a prova.

Dê-lhe uma folha em branco e peça-lhe que escreva o que deveria ser perguntado na tal prova. Que tipo de questão deveria ser feita? Quais os principais temas abordados no último bimestre ou semestre? Como deve ser aplicado o conhecimento adquirido até então? Como você avaliaria o seu próprio aprendizado?

Este breve momento de reflexão do aluno servirá para que ele faça uma revisão muito mais valiosa de como foi o seu aproveitamento durante o curso. Além disso, servirá como um incentivo à criatividade na elaboração das questões, fugindo um pouco da mesmice que sempre marcou as provas acadêmicas, seja na escola ou na universidade, seja em Literatura ou em Física ("se um carro parte do ponto A às 10:00h a 60 km/h em direção ao ponto B blá, blá, blá...")

Algum professor aí se habilita a seguir minha sugestão? Desde já deixo o espaço do blog aberto para contar a experiência.


Rodolfo Araújo
Mestre em Administração pela PUC-RJ; Pós Graduado em TI pela FGV-RJ; Bacharel em Comunicação Social pela UFRJ.
Mais de Rodolfo Araújo AQUI.

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