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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

POST 1903: O DESAFIA DE FORMAR UMA LIDERANÇA POR VALORES: A EXPERIÊNCIA DA IBM

Companhia pôs em prática programa que consiste em selecionar colaboradores da empresa em todo o mundo para levá-los a países emergentes, a fim de que apliquem seus conhecimentos e técnicas em soluções de problemas desses lugares.
 
Recém-empossado como presidente da IBM Brasil, Rodrigo Kede tem o desafio de, em tempos de crise global, levar adiante uma crescente preocupação da empresa com a formação de lideranças não apenas sob o ponto de vista técnico, mas, principalmente, de valores, "tais como sustentabilidade, senso de coletividade, confiança e diversidade", conforme afirmou.
 
O ano era 2008. Em meio aos prejuízos gerados pela bolha do mercado imobiliário americano, a IBM apostou e pôs em prática o programa Corporate Service Corps (CSC), que consiste basicamente em selecionar líderes, executivos, funcionários e colaboradores da empresa em todo o mundo para levá-los a países emergentes a fim de que apliquem seus conhecimentos e técnicas em soluções de problemas desses lugares. Segundo Kede, "em geral, quem passou pela experiência diz ter sido um dos maiores aprendizados da vida".
 
Mais de 30 países e 100 cidades já foram auxiliados pelo CSC. O Brasil já recebeu 160 profissionais dos mais diversos lugares do mundo e, por sua vez, enviou mais de 80 a países como Gana, Camboja, África do Sul, Vietnã e Polônia. As atividades são as mais variadas, desde melhorias na distribuição de água de um município ao uso de tecnologias de gestão para otimizar a segurança pública.
 
A prova da eficácia do programa é a implementação de modelos semelhantes por várias empresas. Mas "não adianta fazer porque alguém já fez, porque é moda. Mais importante do que ser generoso é ser genuíno", destacou Kede. "As pessoas se conectam umas às outras e às instituições por princípios. Os valores nos unem".
 
Confira o vídeo abaixo.




A plataforma

liderança sustentávelUm ponto de encontro com a inspiração e o conhecimento. Essa é a função que a Plataforma Liderança Sustentável, lançada pela consultoria Ideia Sustentável: Estratégia e Inteligência em Sustentabilidade, se propõe a desempenhar. Segundo Ricardo Voltolini, idealizador do projeto, trata-se de "um movimento que pretende identificar, inspirar, mobilizar e conectar jovens lideranças em sustentabilidade espalhadas pelo Brasil".
 
 
FONTE: ADMINISTRADORES

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

terça-feira, 16 de outubro de 2012

POST 1820: OS 20 ATRIBUTOS DO LÍDER SUSTENTÁVEL

Em 2010, o Pacto Global da ONU lançou um Plano para Liderança em Sustentabilidade com o objetivo de definir um modelo de atuação para as empresas signatárias e, assim, contribuir para desenvolver capacidades, habilidades e recursos. Na introdução do documento de 20 páginas, a entidade reconhece que embora haja mais presidentes de empresa e conselhos de administração liderando a agenda da sustentabilidade, o conceito ainda "não penetrou na maioria das empresas que operam nos mercados em todo o mundo." Minha experiência confirma essa interpretação.
 
Na sua história de mais de 10 anos, o Pacto Global afirma ter aprendido duas lições importantes. A primeira é que o alto desempenho em sustentabilidade das empresas líderes consiste em abundante fonte de inspiração para aquelas que "se encontram nos degraus mais baixos da pirâmide da sustentabilidade." E a segunda diz respeito ao fato de que os atuais desafios globais –entre eles os de clima, água, paz e biodiversidade -- requerem novos compromissos para as empresas que desejam "efetivamente cumprir a promessa da sustentabilidade."
 
Objeto de intenso debate com as empresas signatárias e suas partes interessadas, órgãos do sistema ONU e especialistas, o plano apresenta três dimensões. Uma se refere à implantação dos já conhecidos 10 Princípios em estratégias e operações de negócios, incluindo a definição de políticas e procedimentos de gestão, adequação às funções corporativas e unidades de negócio e a implementação na cadeia de valor.
 
A segunda tem a ver com o apoio das empresas às questões mais amplas da ONU – Paz e Segurança, Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, Direitos Humanos, Direitos da Criança, Igualdade de Gênero, Saúde, Educação, Assistência Humanitária, Migração, Segurança Alimentar, Ecossistemas Sustentáveis e Biodiversidade, Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas, Segurança Hídrica e Saneamento, Emprego e Condições Decentes de Trabalho; e Combate à Corrupção.
 
O texto reforça a necessidade de planejar as contribuições do negócio principal da empresa para esse conjunto de questões, defende investimentos sociais estratégicos, participação em campanhas e políticas públicas e ações cooperativas.
 
Já a terceira dimensão sugere o engajamento ao Pacto Global, por meio da formação de redes, grupos de trabalho locais e globais, e iniciativas setoriais e temáticas.
 
Na intersecção dessas três dimensões, o Pacto Global identificou o que classifica como quatro "componentes transversais". A liderança comprometida dos presidentes é o primeiro da lista.
 
Segundo o modelo proposto, o principal executivo deve "fazer declarações públicas claras e demonstrar liderança pessoal em sustentabilidade." É seu papel também promover iniciativas para ampliar o debate do conceito no setor de atuação, além de comandar o desenvolvimento de normas setoriais específicas. Espera-se ainda que ele lidere uma diretoria ou um grupo de executivos na realização da estratégia de sustentabilidade empresarial, definindo objetivos claros e assumindo pessoalmente a responsabilidade por sua consecução.
 
Recomenda, por último, que o presidente inclua os critérios de sustentabilidade –e os princípios do Pacto Global—nos grandes objetivos e nos sistemas de incentivo para diretores.
 
O segundo componente transversal trata do Conselho de Administração-- ou instância equivalente—que ser responsável por gerenciar a estratégia e o desempenho de longo prazo, a criação de comitês, e a elaboração de um relatório de sustentabilidade.
 
Os líderes –sugere o documento-- têm papel fundamental na consolidação dos outros dois componentes. É seu dever reconhecer publicamente os impactos da empresa, criar alternativas de engajamento e consulta das partes interessadas e comandar a estratégia de sustentabilidade em sintonia com os públicos de interesse. Eles precisam ser os porta-vozes da transparência, comunicando informações de interesse dos seus públicos e da sociedade.
 
No livro Conversas com Líderes Sustentáveis (editora Senac-SP/2011) propus, a partir de uma análise livre do modelo proposto pelo Pacto Global da ONU, 20 atribuições para um líder em sustentabilidade. São elas:
 
1) Comandar a elaboração de uma estratégia consistente de sustentabilidade para a empresa, buscando a cooperação entre as diferentes áreas e as questões/causas mais relevantes para o negócio e o seu setor de atuação; fazer com que o conceito permeie a cultura organizacional, transformando-o em um valor corporativo relevante para a definição da identidade da companhia;
 
2) Garantir uma coordenação entre as diversas funções corporativas da empresa com o objetivo de maximizar o desempenho em sustentabilidade;
 
3) A partir de uma análise permanente de cenários, avaliar riscos e oportunidades relacionados a questões de sustentabilidade para a empresa e o setor;
 
4) Assegurar que a empresa identifique, de forma clara, todos os impactos socioambientais negativos causados por suas operações; cuidar para minimizá-los ou eliminá-los;
 
5) Definir políticas específicas e cenários para o futuro, estabelecendo metas mensuráveis de curto, médio e longo prazos;
 
6) Envolver e educar funcionários e colaboradores, adotando programas de treinamento e desenvolvimento, e também sistemas sólidos de incentivo;
 
7) Realizar monitoramento e mensuração de desempenho baseados em métricas específicas para, por exemplo, gestão de água, energia, emissões de gases de efeito estufa, poluição, efluentes e biodiversidade;
 
8) Responsabilizar pela execução da estratégia áreas corporativas essenciais como Compras, Marketing, Recursos Humanos, Jurídico e Relações Institucionais, assegurando que nenhuma delas atue em conflito com os compromissos e objetivos de sustentabilidade da empresa;
 
9) Alinhar estratégias, metas e estruturas de incentivo de todas as unidades operacionais com os objetivos e compromissos de sustentabilidade da empresa;
 
10) Analisar cada elo da cadeia de valor, mapeando impactos, riscos e oportunidades;
 
11) Envolver fornecedores na estratégia de sustentabilidade; sensibilizar, treinar e capacitar parceiros de negócio; monitorar o quanto estão alinhados com os compromissos e práticas da empresa;
 
12) Rever processos e modos de produzir; desenvolver produtos e serviços ou conceber modelos de negócio que contribuam para promover a sustentabilidade;
 
13) Realizar investimento social alinhado com as competências da empresa e o contexto operacional de seu negócio, enquadrando-o em sua estratégia de sustentabilidade; atuar sempre em sintonia com as políticas públicas correlacionadas para garantir maior eficácia nos resultados;
 
14) Integrar campanhas e iniciativas públicas, assumindo, em suas comunicações (palestras, aulas magnas e artigos) compromissos com as questões mais relevantes de sustentabilidade;
 
15) Coordenar esforços com outras organizações—de primeiro, segundo e terceiro setor—para potencializar investimentos e não anular outras iniciativas de desenvolvimento sustentável;
 
16) Cooperar com organizações do mesmo setor e outras partes interessadas em iniciativas que ajudem a encontrar respostas para desafios comuns, local ou globalmente, com ênfase àquelas que venham a ampliar o impacto positivo na cadeia de valor;
 
17) Fazer o papel de mentor para empresas do mesmo setor ou de outro setor que ainda se encontrem em estágio inicial de implantação de práticas sustentáveis; na condição de referência em liderança em sustentabilidade, facilitar o acesso a informações por parte daqueles que desejam conhecer a política da empresa;
 
18) Comunicar, de forma ampla, os resultados e a evolução de suas práticas de sustentabilidade, visando prestar contas às partes interessadas e à sociedade; e também emular o comportamento sustentável de outras empresas;
 
19) Envolver e educar os stakeholders para que eles conheçam as políticas da empresa e participem, a seu modo, da consecução delas no dia a dia;
 
20) Capitanear o processo de mudança, inserir as dimensões social e ambiental na noção de sucesso empresarial, superar a inércia e o apego aos modelos consagrados, estabelecendo uma visão e uma missão de sustentabilidade.
 
Atribuições como essas podem ser utilizadas, por exemplo, para definir um padrão de competências de liderança sustentável oferecer suporte a uma política de sustentabilidade, elaborar diretrizes de programas de treinamento e desenvolvimento e estabelecer novos critérios de recompensa para executivos. É só botar mãos á obra. E dar o primeiro passo.
 
 
Texto de Ricardo Voltolini que é diretor da consultoria Ideia Sustentável: Estratégia e Inteligência em Sustentabilidade e publisher da revista Ideia Sustentável.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

POST 1790: O FUTURO CHEGOU E MUITOS NÃO PERCEBERAM

Walter Longo alerta que o futuro é agora e ressalta a importância de as empresas se atentarem à exteligência e ao nexialismo.
 
Enquanto os filmes de ficção científica apregoam maravilhas para o futuro, Walter Longo acredita que estamos deixando-o passar. Em sua participação no Fórum HSM Novas Fronteiras de Gestão, o vice-presidente da Young & Rubicam apresentou uma visão otimista do futuro. Segundo ele, atualmente o mundo está polarizado: de um lado estão os que acreditam que seremos vítimas de crises e problemas ambientais que podem colocar a vida humana em risco; de outro, estão os que acreditam que estamos entrando em uma era de abundância. Isso, é claro, deixa a todos em dúvida.
Além de apostar nos últimos, Longo sugere que os gestores se antecipem, provocando transformações em vez de reagir a elas. “Na aventura humana, sempre procuramos ir além do possível e do permitido, para chegar mais perto de Deus. O mundo digital está nos aproximando do divino ao permitir que qualquer pessoa do planeta tenha acesso a todo tipo de informação”, afirmou.
 
A mudança é tão radical, aposta, “que deveríamos celebrar todas as noites, com fogos”. “A possibilidade de mostrar seu talento na internet é algo revolucionário, permitindo o surgimento de milhares de Einsteins e Mozarts que antes não teriam chance”, festejou, dizendo que isso também vai impactar de forma decisiva a educação, com a oferta cada vez maior de cursos. “Depois que alguém experimenta toda essa informação, o cérebro não volta ao tamanho original”, completou.
 
Para Longo, devemos estimular nossas competências em dois sentidos: a busca externa e a reflexão interna. “Nosso cérebro não deve mais ser usado como um HD, mas como memória RAM, pois todo o capital intelectual humano construído durante milênios está disponível para cada um de nós.” Essa inteligência em rede é chamada de exteligência e, segundo Longo, é o que diferencia os homens dos animais.
Diante de tudo isso, vem a pergunta: estamos aproveitando tudo isso em nosso dia a dia profissional? Ele acredita que muito pouco. Todas as informações sobre clientes e empresas está à nossa disposição, mas muito poucos vendedores, por exemplo, “fazem a lição de casa”.
 
A mudança não é tecnológica, mas humana
O palestrante destacou que o que está mudando é o cérebro humano e que estamos expandindo os limites da imaginação com a mídia digital. Se antes a possibilidade de criar robôs serviria para libertar o homem dos serviços que tem de realizar, como no caso da indústria automobilística, hoje a inteligência artificial serve para receber e processar informações que lhes permitem tomar decisões. É o caso, por exemplo, dos robôs da Amazon, que deslocam o estoque conforme a demanda dos produtos.
O futuro, portanto, já chegou — ou está à nossa porta. É o caso das impressoras 3D, que já geram produtos personalizados e individuais e logo vão usar células como matéria-prima, criando um estoque de reposição de órgãos para transplante.
 
Segundo Longo, agora, a hora é de esquecer tudo que nos ensinaram. “Não dá para acoplar o mundo digital ao nosso conhecimento analógico. Não adianta termos armas digitais, como sites e perfis no Facebook. Vamos ter de criar uma nova alma digital”, alertou, apontando que a primeira medida para isso é sair da zona de conforto. “Ser sustentável é reciclar ideias”, afirmou, apresentando quatro paradigmas que precisam ser mudados:
1. Tamanho não é documento
Já houve um tempo em que ser grande dava segurança e poder. Uma empresa grande tinha mais acesso, mais potencial. Hoje o mercado é o mundo para todas as empresas, independentemente do tamanho. E as pequenas têm mais facilidade de se adaptar. O fundamental, porém, é não perder o foco. “As empresas de sucesso terão a capacidade de aprender, desaprender e reaprender, mas sempre mantendo o foco”, disse.
 
2. O que importa não é o negócio, mas o modelo de negócio
A concorrência deixou de ser entre empresas e passou a ser entre modelos de negócio. Nesse sentido, alguns conceitos são fundamentais: o uso de sistemas colaborativos, que podem ser aplicados a quase tudo e não só à inovação; o uso de sistemas generativos: cada empresa tem de criar sistemas para conectar pessoas e estimulá-las a gerar novos valores, ideias e realizações. Sustentabilidade, acredita ele, é usar o que não está sendo usado, como já descobriram empresas que alugam os carros de um vizinho para outro, ou outras que gerenciam quartos vagos em residências para hospedagem. É o fim da ideia de propriedade, que só é possível com o uso da exteligência.
 
3. O futuro é dos nexialistas
Já fomos generalistas e passamos a ser especialistas. Hoje, temos a necessidade do nexialista, que não é exatamente quem sabe a resposta, mas quem sabe o que e para quem perguntar. Diante da complexidade do mundo, é preciso ter alguém que encontre nexos.
 
4. O ótimo é inimigo do bom?
Para Longo, é uma questão fundamental diante do universo de possibilidades no qual estamos imersos. “Se partirmos do princípio de que tudo pode melhorar, em que momento temos de parar de procurar o ótimo e aceitar o bom? Antes havia todo tempo do mundo, mas hoje os critérios têm de ser reavaliados”, afirmou. “Empresas de sucesso têm uma compreensão do que é suficientemente bom. Fomos educados para tirar 10 e não dar valor para o 9, mas qual a real necessidade de ter o ótimo?” Segundo Longo, as empresas precisam incorporar o conceito de upgrades, assim como as empresas de TI.
 
O papel dos rebeldes
Para concluir, o palestrante afirmou que o bom mocismo está expulsando os rebeldes das empresas. “Toda empresa precisa de rebeldes, de gente que pergunte ‘por que não?’. Uma organização de acomodados quebra em três anos, uma só de rebeldes quebra em três meses. É preciso haver um equilíbrio entre os dois. Infelizmente estamos num mundo em que os acomodados estão se dando muito bem nas empresas.”
Ele acredita que se uma empresa não tem a capacidade de nutrir rebeldes, seu futuro não está assegurado em um mundo em que imaginação não tem limites.
 
RETIRADO DO BLOG DO ALBÍRIO GONÇALVES
FONTE: Portal HSM.

sexta-feira, 20 de julho de 2012

POST 1734: SÓ SOBREVIVE QUEM SE ADAPTA

Os primeiros navegadores chegaram há muito tempo. Estudos geológicos e botânicos mostram que aquela terra era coberta por florestas de árvores grossas e palmeiras gigantes habitadas por bandos de pássaros. A costa era rica em cardumes de peixes. Em trezentos anos eles formaram uma população de 30 mil pessoas, ocupando uma área de 164 Km2. Como comparação, a área, topografia e densidade populacional eram muito semelhantes com a atual cidade de Arraial do Cabo, uma cidade da Região dos Lagos, da costa do Estado do Rio de Janeiro. Muito parecido, só que há pouco mais de mil anos atrás.

Por algum determinismo voluntário, eles escolheram manifestar sua crença transcendental esculpindo monumentos que foram colocados, preferencialmente, no limites do seu território. Para o transporte dessas pesadas manifestações do pensamento humano, eles precisaram de troncos de árvores. Ao longo dos anos, as árvores foram sendo sacrificadas em homenagem à comunicação dos homens com o universo. Quinhentos anos depois da chegada ao novo lar, as florestas morreram. Sem árvores, os navegadores ficaram sem transporte marítimo. A decadência foi contínua e implacável. Sem a proteína dos peixes, a população se alimentou dos pequenos mamíferos, até que só sobraram os ratos. Os clãs entraram em guerra e o canibalismo se tornou rotina.

Oitocentos anos depois, em 1722, os holandeses encontraram menos de 2 mil pessoas famintas, se escondendo e sobrevivendo como podiam em uma terra pobre em vegetação. Mas ao redor da ilha havia quase 900 impressionantes esculturas, algumas com 20 metros de altura. Jacob Roggeveen chegou em Rapa Nui no domingo da Páscoa e não conseguiu entender como aqueles magníficos moais foram construídos. Teriam aqueles pobres coitados a capacidade de tamanha façanha?



Ilha de Páscoa (Imagem: Ian Sewell/ Wikimedia)

A história dos habitantes da Ilha da Páscoa, o local mais isolado do planeta, talvez seja uma metáfora a ser respeitada, se aceitarmos a ideia de compará-la com a Terra. Jared Diamond, o biólogo que conquistou o prêmio Pulitzer, oferece cinco fatores que os cientistas listam como causas possíveis para o colapso de civilizações que deixaram de existir. Como Rapa Nui, nós terráqueos não sofremos ataques de sociedades planetárias vizinhas hostis. Nem perdemos o apoio de outras sociedades intergalácticas amistosas. Embora caminhando para isso, ainda não sofremos uma mudança climática drástica e irreversível que nos elimine definitivamente.

Porém, estamos brincando com as duas outras possíveis causas. Estamos aceleradamente gerando impactos ambientais que podem se tornar tão calamitosos como os da ilha da Polinésia oriental. Este seria o quarto fator. A quinta causa é o assunto desse artigo. É a capacidade de ficar inerte diante de posições política, religiosa, social ou cultural radicais que impeçam qualquer atitude de mudança. Essa característica de imobilidade diante da necessidade de adaptação sustentável é que destrói o futuro de países ou de empresas. É o famoso conceito da seleção natural de Charles Darwin: sobrevive quem consegue se adaptar.

"Não há nada que possa acontecer que não seja um eco do passado clássico"
(Robert Epstein, historiador militar norte-americano)


O que está acontecendo hoje na Grécia não é novo. Já foi escrito e encenado milhares de vezes no drama humano da dissimulação do poder. O governo tanto não conseguiu fazer as mudanças impostas pelos antigos credores, como criou descaradas mentiras contábeis para esconder o fato. Para piorar, o partido que afundou o país pode voltar ao poder nas eleições nesse ano de 2012. Cada parlamentar grego custa à nação quase o dobro de um parlamentar alemão. Aqueles parlamentares gregos prometeram benesses públicas com um dinheiro que nunca existiu. Para complicar, um quarto dos gregos são funcionários públicos. Talvez por isso, poucos gregos aceitam qualquer mudança da situação crítica que ameaça a estabilidade do país e do continente europeu.

Os eleitores querem mudanças rápidas e ficam perdidos diante das pífias opções. Mas não é somente o povo grego que não sabe o que fazer. Os economistas também se dividem entre um longo e dolorido plano de austeridade ou, ao contrário, uma injeção saneadora de investimentos para não matar o paciente terminal. Os gregos não querem assumir o sofrimento da cura e estão brigando para manter as conquistas pessoais. Os antigos helenos demoraram a formar a nação grega, embora estivessem unidos na antiguidade pela língua, religião e, principalmente pela cultura. Eles estabeleceram os princípios da justiça e da liberdade individual, as bases da democracia contemporânea e nos ofereceram uma herança ímpar na ciência, filosofia e arte.

Pois esse povo historicamente experiente está esperneando, como um adolescente, diante das mudanças que são inevitáveis, ficando ou não na zona do euro. A Grécia não está querendo se adaptar e acharam um culpado, a Alemanha. A imprensa grega chama a administração Merkel de "Quarto Reich", comparando-a ao Terceiro Reich de Hitler, que invadiu e queimou a Grécia. As bandeiras alemãs são queimadas nas manifestações populares, quando a multidão grita "Fora os nazis". Preferem culpar os outros, mesmo com uma herança crônica: o país mais endividado da zona do euro, com cinco calotes da sua dívida, com evasão de impostos em 30% e uma triste história de 60 anos tecnicamente quebrados. Em algum momento no passado, algum grupo em Rapa Nui atribuiu a decadência da ilha à insensível vontade divina.

Não existe alternativa a não ser a permanente transformação
Em janeiro de 2012, a Kodak pediu ao governo norte-americano proteção contra a falência, depois de uma impressionante história de mais de 120 anos. Com um início inovador, "Você aperta o botão e nós fazemos o resto", a empresa se esqueceu da sua promessa inicial. Enquanto a Kodak entregou um processo cultural de registro de imagens, os consumidores corresponderam. Justamente por causa dessa cultura investigativa, um funcionário da Kodak inventou o primeiro equipamento digital de captação de imagens em 1975. Ao invés de se adaptar aos novos tempos, a Kodak engavetou o invento com o receio de destruir o seu negócio de filmes. Pois os filmes morreram, como as palmeiras de Rapa Nui. Para a Kodak, a queda foi mais rápida.

Pois agora, a velocidade é muito maior. O colapso, que demorava séculos para acontecer, diminuiu para poucos anos. As novas empresas de tecnologia enfrentam sérios problemas de adaptabilidade em uma velocidade estonteante. Nesse início de 2012, as empresas Nokia, HP, Yahoo! e RIM estão com problemas sérios. A Nokia, que conseguiu se transformar de uma fábrica de papel em uma gigante da telecomunicação, perdeu 40% de valor de mercado desde 2011. A tradicional HP, uma inovadora do Vale do Silício da década dos 30, também perdeu 40% do seu valor em um ano. O Yahoo! caiu 15% e a RIM, que foi líder em mobilidade corporativa, perdeu mais de 70% em um ano. Nem a tecnologia ou o capitalismo são a solução, mas as atitudes de adaptabilidade.

Nações ou empresas não conseguem criar uma permanente cultura de mudança e adaptação. As desculpas são variadas e esbarram sempre na paralisia do medo da mudança. Diretorias costumam preferir a mudança gradativa o que é uma ilusão traiçoeira. A procura pela segurança cria muros fantasiosos de estabilidade. A única certeza é que os desafios são eternos e precisa-se aceitar o desafio de surfar sobre as ondas fluidas da evolução.
Mudanças são odiadas, mas inevitáveis
Todos nós experimentamos a sensação de que o tempo está mais rápido, como se tivéssemos apertado o botão do fast-forward da existência. Os homens de negócios se viciaram em esperar por resultados instantâneos. As empresas de sucesso da nova economia cresceram em velocidades exponenciais. Manchete irônica do jornal O Globo: "A China prevê crescer 'só' 7,5% este ano" de 2012.

O capitalismo não foi inventado, simplesmente aconteceu, como uma contínua adaptação dos negócios. O principal objetivo do capitalismo não é aumentar a riqueza. Como qualquer projeto humano, ele segue as leis da biologia e persegue a perpetuação da espécie. O capitalismo tem como objetivo a longevidade das entidades capitalistas através do lucro. Ele sobrevive às crises humanas estabelecendo conquistas de privilégios, até depois do terremoto econômico de 2008. Nesse exato momento, uma pequena minoria está usando sua influência política para garantir que o sistema permaneça voltado para recompensá-los.

Não existe dúvida de que estamos diante de um impasse que nunca existiu antes na história planetária. Quando as civilizações entravam em colapso, a raça humana se adaptava e seguia evoluindo. Aqui e ali, caíam populações inteiras, mas a mãe Terra era generosa e alimentava os sobreviventes. Agora, as empresas e os países estão ameaçados pela intolerância, ganância e imobilidade. Ninguém quer abrir mão de qualquer coisa, de qualquer conquista ou de qualquer crença. Tendemos ser radicalmente imóveis e inflexíveis. Desejamos que os outros mudem. Porém, "a forma mais eficaz de gerenciar a mudança é criá-la", dizia Peter Drucker.

Precisamos de mudanças profundas e ficamos discutindo firulas. A crise escancarada de 2008 deveria ter sido um despertar, uma prova comprovada de que o foco míope de lucros de curto prazo estava destruindo o valor das empresas e dos países, por não ser sustentável. Apesar da clareza dos argumentos, a maior parte do empresariado está trabalhando para um retorno ao capitalismo tradicional. Somente os descontentes querem mudar, mas como?

Ser sustentável é ser adaptável
Uma possível solução foi oferecida em fevereiro de 2012 em um artigo sobre capitalismo sustentável, por Al Gore e David Blood. O ex-vice-presidente e ex-sócio da Goldman Sachs criaram em 2004 um fundo de investimentos sustentável visando o longo prazo com foco conjunto em fatores ambientais, sociais e econômicos. Eles tinham esperança que em 2008 poderiam alavancar o negócio provando que investimentos sustentáveis podem oferecer um retorno de lucro maximizado. Mas 2008 foi o ano da crise.

Na sua análise, a dupla diz que a perspectiva administrativa de curto prazo está destruindo as empresas e a economia planetária. Eles oferecem algumas ideias para um capitalismo mais sustentável. Regular a integração dos relatórios financeiros em uma forma condensada. Afastar-se da orientação de lucros trimestrais. Recompensar melhor os investidores fiéis que mantiverem suas carteiras por três anos ou mais. Criar um alinhamento de incentivo para os gerentes e executivos ligado ao futuro da empresa. Al Gore denuncia o malefício das transações algorítimicas de alta frequência. "A ideia de que maior liquidez é sempre melhor, não é verdade."

O Financial Times, comentando sobre o artigo, diz que "é difícil evitar a conclusão de que pouco vai mudar sem a intervenção do órgão regulador ou do governo. E as chances disso, particularmente nos EUA, são mínimas." O jornal afirma que, se Gore e Blood desejam converter os investidores para a sua causa sustentável, eles deveriam mostrar melhor o desempenho superior dos investimentos de longo prazo. Em resumo, diante de tantas incertezas, as pessoas querem provas concretas para tomar uma decisão da mudança. Mesmo diante do abismo, queremos ser convencidos do óbvio.

Todos nós intuimos quais atitudes tomar quando queremos emagrecer. Sabemos que devemos comer menos e melhor. Também sabemos que aquela batata frita não é um alimento saudável. Mas por algum mistério, acreditamos em dietas mágicas, ou então adiamos uma mudança sobre nossa alimentação. Como crianças ansiosas, temos dificuldades em acreditar que as restrições de curto prazo nos oferecem um futuro melhor.

Sabemos que devemos ter atitudes mais cidadãs, pensar menos em nós mesmos e mais no coletivo. Não deveríamos desejar mais coisas e sim viver com coisas suficientes. Nosso materialismo deveria caminhar para o holismo, assim como a quantidade deveria ser substituída pela qualidade. Não adianta pensar no curto prazo, devemos nos preocupar com a herança social, ambiental e financeira dos nossos filhos e netos. Não adianta ficar preso aos direitos conquistados, mas temos que repensar quais são nossas responsabilidades diante do impasse da nossa cidade e do mundo inteiro. Nesse momento, os problemas dos outros também são os nossos. Se a Terra não precisa dos humanos, todos nós precisamos dela.

A sustentabilidade é uma prática de adaptabilidade contínua. Na prática, o inverso não é verdadeiro. O capitalismo se adapta e premia os mais adaptáveis, sem se preocupar com a sustentabilidade. Pois agora, diante de um colapso anunciado, precisa-se respeitar pelo menos um princípio da biologia: a perpetuidade de uma espécie depende das outras. Qualquer negócio será mais longevo se respeitar as leis da biologia. Empresas, estados e capitalismo, adaptem-se ou o sistema econômico morre.

"Somente abraçando a mudança poderemos moldá-la de forma a beneficiar todos nós"
(Lewis Jaffe, fundador da 21th Century Networking)


FONTE:
Administradores

sábado, 2 de junho de 2012

POST 1694: AMERICANO CRIA AQUÁRIO UTILIZANDO MONITORES DE COMPUTADORES



Em uma época marcada pelas telas de computador superfinas, os monitores do tipo "tubão" foram deixados de lado. No entanto, o artista Jake Harms teve uma ideia criativa: começou a produzir aquários usando monitores do modelo G3 do iMac, computador lançado em 1998 pela Apple e que se tornou febre por apresentar um design bem diferente dos desktops monocromáticos que existiam até então.

Na produção dos aquários, chamados de iMacquarium, Jake instala um tanque de plástico dentro do monitor, além da iluminação, cabo de alimentação e interruptores para controlar as luzes e os filtros. Ele gasta, em média, cinco horas para produzir o aquário.

O monitor customizado custa US$ 299 (RS 600) e pode ser adquirido acessando o site oficial de
Jake.



FONTE: PEGN

domingo, 6 de maio de 2012

POST 1636: A MINHA RIO+20. Por Ricardo Amorim

Um ano após a Eco-92, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, recém formado, participei e tive a honra de ganhar um concurso de monografias com o tema A Tecnologia e o Meio Ambiente. Hoje, reli meu texto Desenvolver é Preciso, Destruir Não é Preciso. Fiquei chocado. Quase não avançamos nestes vinte anos.


À época, minha principal conclusão foi que os maiores desafios para o desenvolvimento sustentável não eram tecnológicos, mas políticos e econômicos. De lá para cá, o Protocolo de Kyoto, a única iniciativa concreta adotada, ruiu pois a maior economia do planeta, os EUA, não aderiu a ele.
Ponderei também que a questão ecológica precisa ser vista sob um prisma abrangente, incluindo também questões sociais. Caminhamos tanto nesta direção que a solução virou problema. O meio ambiente perdeu foco enquanto outros assuntos ganharam relevância, inclusive na agora Rio+20.
A nova ordem econômica empurrou para a direção contrária. A entrada da China na Organização Mundial do Comércio em 2001 deslocou o centro de gravidade da economia mundial para os países emergentes, permitindo que centenas de milhões de pessoas deixassem a pobreza. Apenas no Brasil, 57 milhões de pessoas emergiram às classes A, B e C. Na China e na Índia, os números foram muito maiores.
Do ponto de visto econômico e social, os avanços foram brutais. Em apenas uma década, o mundo ganhou um número de novos consumidores de classe média ou alta similar ao de todo o século 20. Novos consumidores, novos poluidores.
Já a questão ecológica, grave há vinte anos, hoje é exponencialmente pior. Ignorá-la significa condenarmos nossos filhos e netos a ajustes brutais de padrão de vida.
Uma vez que os desafios são políticos, assim também hão de ser as soluções. Urge encontrarmos pontos de interesses mútuos e dividirmos sacrifícios e ganhos. Países ricos tem de reconhecer que o grosso da destruição ambiental e da poluição planetária foi, e ainda hoje é, causada por eles. Grande parte do custo de recuperação ambiental é sua responsabilidade. Por outro lado, a maior parte do crescimento vem e virá de países emergentes, que precisam cobrir os custos para torná-lo sustentável.
O agronegócio e a indústria precisam assumir suas responsabilidades ambientais, mas os consumidores tem de aceitar que certas medidas ecologicamente necessárias tem custos expressivos que serão repassados aos preços dos produtos.
Governos devem incentivar formas sustentáveis de energia, mas os ecologistas, que se opõem à construção de usinas hidrelétricas, devem propor formas alternativas mais sustentáveis, e os consumidores precisam reduzir o desperdício no consumo de energia.
A questão ecológica não pode ser ignorada, mas tampouco pode impedir investimentos fundamentais para o desenvolvimento, como tem acontecido no Brasil. A infraestrutura do país sofre com a lentidão na análise de projetos e na liberação de licenças ambientais. Impactos devem ser devidamente considerados e corrigidos, mas é preciso rapidez e objetividade, sem vieses dogmáticos.
Tomo emprestadas as palavras que usei há vinte anos e que espero não voltar a usar na Rio+40: “Técnicos e cientistas tem demonstrado competência para desempenhar o seu papel. É preciso cobrar dos políticos a mesma competência.”



*Texto originalmente publicado na Revista IstoÉ



Ricardo Amorim
Formado pela Universidade de São Paulo, com pós graduação pela ESSEC de Paris, o economista Ricardo Amorim foi um dos poucos que anteciparam a crise elétrica brasileira de 2001, a crise imobiliária americana de 2008, a crise européia de 2010 e suas consequências.
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sábado, 5 de maio de 2012

POST 1635: O TRÂNSITO E AS NOVAS RELAÇÕES DE TRABALHO. Por Tom Coelho

Mobilidade. Este é um dos maiores desafios de um mundo com sete bilhões de pessoas. E não apenas para as grandes cidades.
Não é o direito, mas a capacidade de ir e vir que está comprometida. Dia destes, devido a uma chuva intensa e prolongada, levei quase duas horas para percorrer seis quilômetros.

A questão ambiental está em voga. Porém, poucos percebem que um carro trafegando a uma velocidade média de pedestre consome mais pneus e pastilhas de freio, aumenta sua depreciação e eleva o consumo de combustível às alturas, despejando mais gases de efeito estufa e poluindo ainda mais o ar.
A falta de transporte coletivo em quantidade e de qualidade impede a integração do automóvel com as redes de ônibus, trem e metrô. E mesmo as estações inauguradas recentemente não dispõem de edifício-garagem para estimular o motorista a rodar menos com seu carro.
A mobilidade não é apenas um problema de infraestrutura viária, mas de saúde pública. Afora a perda material, há efeitos intangíveis e de difícil mensuração. Primeiro, o tempo das pessoas, que deixam de cumprir compromissos e realizar tarefas diversas porque estão presas no trânsito. Reuniões canceladas, clientes e pacientes não atendidos, produção que deixa de ser gerada.
Segundo, o estresse. A paciência, a tolerância e o equilíbrio emocional são colocados à prova ao extremo, trazendo à tona o que há de pior nas pessoas. Motoristas que não dão passagem a pedestres e a outros veículos, motociclistas que trafegam irresponsavelmente em alta velocidade pelo corredor formado entre as faixas de rolagem, gente que ocupa assentos preferenciais no transporte coletivo e não os cedem a quem de direito.
Aliás, são os mais pobres os que mais sofrem. O desenvolvimento econômico empurrou os trabalhadores para a periferia das cidades, exigindo-lhes despertar no final da madrugada para se dirigirem ao trabalho, desperdiçando até seis horas diárias para ir e voltar.
Nossa sociedade está privando as pessoas do convívio familiar e minando a saúde de seus trabalhadores. Aumentam os acidentes de trabalho, em decorrência do cansaço e da desatenção durante a atividade laboral, bem como os acidentes de trajeto. Crescem o absenteísmo, o presenteísmo, as doenças profissionais e psicossomáticas.
Enquanto os governos não fazem sua parte, mitigando os já mencionados problemas de infraestrutura, é premente repensar as relações de trabalho, incentivando o trabalho à distância, mediante uma gestão por confiança capaz de prescindir da presença física dos colaboradores na sede da empresa. Precisamos avançar na qualidade da conexão de banda larga para estimular as videoconferências. São muitas as questões que podem e devem ser resolvidas on-line ou por telefone. O trabalho SOHO (small office, home office) é uma necessidade hoje e não do futuro.
É evidente que temos uma legião de trabalhadores operacionais que jamais poderão ser incluídos neste sistema. Ainda nos anos de 1990 eu pretendia implantar uma jornada flexível, mas era impraticável dentro de uma atividade industrial na qual o processo produtivo é sequencial. Se o responsável pelo corte do aço decidisse chegar mais tarde, os soldadores não teriam matéria-prima para trabalhar, comprometendo todo o sistema...
Por fim, cabe também um alerta aos profissionais. Conheço uma empresa que oferece café e pão com manteiga às oito horas da manhã aos seus vendedores apenas para exigir-lhes a presença no escritório antes de saírem à rua para as visitas agendadas, impedindo que alguns resolvam simplesmente dormir até depois das dez, expondo mais do que sua falta de profissionalismo, a ausência de comprometimento.




Tom Coelho
Com formação em Publicidade pela ESPM e Economia pela USP, tem especialização em Marketing pela Madia Marketing School e em Qualidade de Vida no Trabalho pela USP. É mestre em Gestão Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente pelo Senac.
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POST 1619: CASA DO FUTURO UNE SUSTENTABILIDADE E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Casa sustentável
Pesquisadores de diversas universidades brasileiras criaram o protótipo de uma casa do futuro, batizada de Ekó House, que está sendo montada na USP.
Trata-se de uma casa eficiente, sustentável e inovadora, que funciona exclusivamente com energia solar, tanto térmica quanto fotovoltaica.

"A casa tem aproximadamente 47 metros quadrados. Ela conta com cozinha, sala de jantar, sala de estar, banheiro e quarto. O ambiente é projetado para dar flexibilidade de uso.
"Com persianas e móveis o ambiente é alterado, aumentando a área social ou a área íntima," explicou Bruna Mayer de Souza, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e uma das integrantes da iniciativa.

Residências Energia Zero
O projeto da Ekó House está em desenvolvimento desde o final de 2010.
O protótipo combina elementos de alta tecnologia com soluções tradicionais de arquitetura e engenharia.
No aspecto de pesquisa, diversos itens do projeto e da construção da Ekó House embasam pelo menos uma dezena de trabalhos acadêmicos que resultarão em teses, dissertações e artigos científicos.
Além disso, o desenvolvimento do protótipo está inserido em um convênio entre USP e Eletrobrás, que tem como objetivo principal o lançamento das bases de uma indústria nacional de Residências Energia Zero (REZ) com tecnologia brasileira e adequação às nossas diversas regiões bioclimáticas.
"O projeto busca desenvolver pesquisa sobre Residências de Energia Zero (REZ) para o nosso clima e sociedade. Buscamos tecnologias que levem a um menor impacto ambiental das residências brasileiras," explica a pesquisadora.




Solar Decathlon
O projeto é a proposta brasileira que está concorrendo ao Solar Decathlon Europe 2012, uma competição internacional onde 20 equipes, representando universidades de todo o mundo, projetam, constroem e colocam em funcionamento uma casa sustentável e com eficiência energética.
O Solar Decathlon é dividido em dez categorias, que avaliam as inovações da casa, como sua capacidade de geração e eficiência energética, conforto, qualidade espacial e construtiva, entre outras.
As casas são construídas e testadas localmente e transportadas para o local da competição em Madrid, na Espanha, onde devem ser montadas em dez dias. Lá permanecem em exposição lado a lado por 17 dias, quando estão abertas à visitação do público e são realizadas as provas.
"A casa será levada para Madrid parcialmente desmontada, em contêineres. A estrutura é feita de peças de cumaru e placas de OSB (oriented stranded board) que formam painéis. Esses painéis são preenchidos com lã de vidro para isolamento térmico.
"Como revestimento, são usadas placas cimentícias e, entre os painéis e as placas, também é utilizado aerogel, um material fibroso de alta eficiência no isolamento térmico. Os painéis já irão prontos para Madri, com todas as suas camadas instaladas, inclusive com canos e fios, para lá serem apenas encaixados", explica Bruna.



FONTE: IT

quinta-feira, 26 de abril de 2012

POST 1565: CAMINHÃO DO FUTURO QUER REINVENTAR O TRANSPORTE

Novo paradigma dos veículos
Depois de um iate com aparência de nave espacial, agora é a vez de um caminhão com aparência absolutamente futurística.

O Innotruck é resultado de um projeto chamado Diesel Reloaded, coordenado por engenheiros da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha.
Segundo eles, essa "releitura" do diesel tem como objetivo demonstrar "como mudanças de paradigma nas tecnologias automotivas, energéticas e de informação podem ajudar a encaminhar tendências e necessidades da sociedade".
A mudança de paradigma consiste em redefinir inteiramente o conceito de veículos automotores, que passariam a ser entendidos como "sistemas integrados de comunicação e informação, usando uma arquitetura modular e escalável" - entendida a capacidade de movimentação como uma forma de comunicação.


Caminhões automáticos
Usando aplicativos plug-and-play, e conectado a uma central de computação, a arquitetura inusitada do caminhão futurístico servirá como plataforma de testes para sistemas de comunicação veículo-veículo e veículo-infraestrutura.
A Europa pretende ter carros sem motorista nas estradas em dez anos, sendo que pelo menos mil carros inteligentes já estão em testes nas estradas do continente.
A equipe do Dr. Gernot Spiegelberg está trabalhando para que os caminhões não fiquem para trás nessa tendência.
Um dos objetivos principais do Innotruck é o desenvolvimento de tecnologias que ajudem a otimizar a velocidade do tráfego e a segurança, automatizando o máximo possível, não apenas do trabalho do motorista, mas também dos guardas de trânsito e do pessoal encarregados das cargas transportadas.



FONTE: IT

segunda-feira, 23 de abril de 2012

POST 1554: AVIÃO CONCEITUAL DO MIT ECONOMIZA ATÉ 70% DE COMBUSTÍVEL

O MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) desenvolveu um novo conceito para a aviação, batizado de D8. A ideia foi reimaginar o design dos aviões para garantir que modelos mais eficientes aerodinamicamente consumam até 70% menos combustível. Os primeiros testes no túnel de vento já estão sendo realizados.
A questão é que, neste cálculo de 70%, apenas 49% são relativos ao desenho da aeronave. Os engenheiros consideram que os 21% restantes serão atingidos pelo uso de motores mais avançados no futuro. A data estimada para que um avião D8 seja viável comercialmente ainda é distante: apenas em 2035.

Em todo caso, 49% é um valor considerável de economia. Isso é atingido por conta da maneira como o desenho da aeronave foi concebido. O perfil mais esguio e as asas extremamente longas e finas garantem uma melhor sustentação no ar, e portanto, demandam menos combustível. Além disso, a ideia é construir a fuselagem com materiais mais leves e eficientes, que tirem partido da posição dos motores, localizados na extremidade traseira do avião.

domingo, 22 de abril de 2012

POST 1551: FERRARI INVESTE EM NOVA TECNOLOGIA HÍBRIDA

São Paulo - A Ferrari investiu em um novo modelo híbrido do carro 599 HY-KERS. Com isso, a marca pretende ajudar o meio ambiente e tentar perder a fama de ter carros poluentes.
Segundo a Ferrari, a ideia é desenvolver uma nova tecnologia para o carro, mas sem perder de vista as características de desempenho do veículo. Ao mesmo tempo, a empresa quer se mostrar em condições de cumprir com os padrões de emissões de CO2.

O sistema do 599 HY-KERS usa um motor elétrico capaz de auxiliar o trem de força, enquanto o outro executa outros sistemas, como ar condicionado e direção hidráulica. É possível que a tecnologia também funcione bem com um motor de 90 graus montado à frente.
O modelo terá um motor V12 de 620 cavalos na frente. Ele funcionará em conjunto com outro elétrico de 50 cavalos montado no eixo traseiro. O carro também terá um sistema que usa a energia dos freios para recarregar as baterias elétricas.
O veículo tem um sistema considerado parcialmente compensado pelo motor de arranque, assim como pela bateria convencional. A distribuição dos motores tem como proposta manter o desempenho do carro. Além disso, também deve causar um impacto ambiental menor.



FONTE: INFO

sábado, 21 de abril de 2012

POST 1536: CIENTISTAS DESENVOLVEM SUPERESPONJA CAPAZ DE ABSORVER ÓLEO E REPELIR A ÁGUA

Um grupo de estudantes da Universidade Rice, de Houston, Texas, desenvolveu um novo tipo de esponja, feita com nanotubos de carbono e um pouco de boro.

De acordo com o artigo publicado no site da universidade, o material tem como principal característica repelir a água completamente, enquanto absorve o óleo presente nela.

Essa propriedade faz desta superesponja uma arma importantíssima nos casos de desastres ecológicos nos quais ocorrem vazamentos de petróleo em mares e oceanos, por exemplo.



Segundo os testes realizados em laboratório, a esponja também é capaz de conduzir eletricidade, o que permite que ela seja controlada através de um ímã. 

Essa propriedade permite que a superesponja seja guiada, quando se encontra no mar, e recolhida posteriormente — com o uso de um objeto magnético.

Além disso, ao apresentar mais de 99% de ar em sua composição, as novas esponjas tem baixíssima densidade, o que permite que elas absorvam mais de 100 vezes o seu peso em óleo.

E, depois de recuperadas, elas podem ser comprimidas, para eliminar o conteúdo absorvido, ou queimadas, processo que eliminará todo o óleo, mas que manterá a superesponja intacta e pronta para ser reutilizada.


FONTE: TECMUNDO

quarta-feira, 18 de abril de 2012

POST 1516: A STARBUCKS BRASIL SE UNE À CASA DO ZEZINHO PARA REALIZAR SEU GLOBAL MONTH OF SERVICE

A cada mês de abril, a Starbucks® desenvolve uma campanha mundial que visa contribuir com o desenvolvimento das comunidades em que está presente, a essa ação foi atribuído o nome de Global Month of Service e o Brasil acaba de lançar as suas atividades para 2012. A Casa do Zezinho foi a escolha brasileira para este ano. Liderada pela Tia Dag, a entidade receberá um mutirão que dará uma “nova cara” à sua sede, no dia 22 de abril (domingo).

A ideia é reunir partners (como a Starbucks® chama seus funcionários) e clientes em um dia de voluntariado que estimule novas atitudes positivas e contribuam para um mundo melhor.

“A cada ano, a mobilização aumenta. Desta vez, queremos contar mais ativamente com a participação de nossos clientes, por isso, convidamos todos para passarem o dia 22 de abril conosco, lá na Casa do Zezinho, criando um ambiente renovado para todos os Zezinhos. É a primeira vez que envolvemos os clientes diretamente na ação, contamos com a ajuda de todos, incluindo os partners para estimular, cada vez mais, atitudes que visem o bem-estar da comunidade”, conta Ricardo Carvalheira, diretor geral da Starbucks® Brasil.

No próximo dia 22 de abril, cerca de 200 pessoas, entre partners e clientes da Starbucks® Brasil, estarão presentes na sede da Casa do Zezinho para participarem de um projeto de revitalização na entidade, com ações como: pintura, reforma do jardim, do playground, entre outros. Tudo para aumentar a qualidade dos serviços já prestados pela instituição, há 18 anos.

“Estamos muito felizes por participarmos do Global Month of Service. A Starbucks® tem demonstrado grande envolvimento com a nossa causa e o projeto de revitalização que a empresa fará aqui será um novo estímulo para as crianças e jovens que atendemos”, destaca Dagmar Rivieri Garroux, a Tia Dag, fundadora da Casa do Zezinho.





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