domingo, 20 de fevereiro de 2011

As 5 tendências para crowdsourcing

De todos os efeitos relacionados à era em que vivemos, talvez o mais “empolgante” seja o crowdsourcing: de certa forma, a organização da massa de informações baseada, essencialmente, na soma de opiniões individuais.

Por conta do que podemos chamar de singular opinião da coletividade, impérios nasceram pelas mãos de empreendedores que melhor conseguiram captar as vozes das massas e transformá-las em produtos e serviços.

Mas as massas, como em qualquer época do mundo, sempre foram conhecidas pela turbulência que corre em suas veias coletivas. As massas derrubaram a monarquia francesa juntamente com cabeças de todos que ousaram erguer as suas vozes em tons “altos demais”; as massas geraram duas grandes guerras mundiais no século XX; as massas, canalizadas por vozes de líderes natos ou por redes sociais imperativas, continuam demandando mudanças radicais em tudo o que puder ser considerado como status quo.

Em pleno século XXI, os tempos de carnificina anárquica e de credulidade ingênua em líderes de ocasião parecem querer ficar para trás – e talvez seja essa a grande ruptura de paradigmas desse novo tempo. Já que o crowdourcing existe desde o início dos tempos, qual o seu futuro uma vez que, agora, a tecnologia consegue organizar as redes como nunca antes?

Das diversas tendências preconizadas na rede, cinco são as que, hoje, mais se destacam:

Ranking único de reputação: Ao comprar um produto, você prefere ouvir a opinião do vendedor ou de um amigo que já fez a compra no passado? Se respondeu o segundo, é porque já reconhece o fato de que, tanto na rede quanto na vida, nem todos são iguais. Opiniões têm pesos diferentes dependendo do histórico de quem as dá – mas, hoje, o problema é localizar e interpretar, de maneira prática, o histórico dos milhões de usuários que navegam na Web. Em quem se deve acreditar mais? Diversas redes utilizam os seus próprios mecanismos para ajudar na resposta – mas falta um único sistema que consiga somar os resultados de cada interação feita por cada usuário, em todo tipo de rede, e determinar a sua reputação de forma única e inconteste. Em grande escala, isso permitirá que a própria rede consiga separar joio de trigo e, com base no histórico de relacionamento de cada usuário com as massas, resolva um dos maiores problemas da Web: a credibilidade.

A decadência das organizações formais: A partir do momento em que a credibilidade da informação for algo “triável” por toda a rede com base em um sistema unificado de reputações, organizações formais que vivem dessa mesma credibilidade – de sindicatos a ONGs – perderão a sua função social. Isso não significa que não haverá ninguém, por exemplo, para defender o fim do desmatamento ou coisas do gênero: significará que haverá muitos “alguéns” espalhados pela rede e aglomerando os seus seguidores Web afora, sem a necessidade de instituições tão formais quanto burocráticas.

Novas redes para organizar a organização informal: A humanidade jamais será organizada de maneira perfeita – isso simplesmente não está na nossa “genética coletiva”. Com tantas opiniões precisando ser expressas, novos impérios farão da organização das massas os seus modelos fundamentais de negócio. Empresas que já se aproximam disso, como o Google e o Facebook, estão passos à frente – mas, a partir do momento em que se tornaram gigantes, se tornaram também burocráticas e lentas e as suas velhices, ainda distantes dos nossos raios de visão, certamente chegarão juntamente às suas derrocadas, possibilitando o surgimento de novos e renovados impérios.

A Revolução Personalizada: No século XVIII, a Revolução Industrial levou o mundo a um novo patamar capitalista ao viabilizar a produção em massa de bens de consumo. Hoje, essa mesma massificação é um dos grandes vilões do mercado uma vez que o público quer, crescentemente, algo feito exclusivamente para ele. Por mais que as opiniões bebam da coletividade, os desejos serão sempre únicos, pessoais e intransferíveis. Essa personalização deve ultrapassar as fronteiras dos pequenos fornecedores de produtos e serviços e atingir os grandes mercados como uma evolução natural.

A mudança na geografia: Em um mundo que avança sob a imposição das massas, é natural que a geografia seja algo secundário. Afinal, pouco importa se uma determinada opinião seja originária do Brasil, da Suécia ou da África do Sul. Sempre haverá alguém para traduzi-la e para agregar a ela as vozes das massas apátridas. Opiniões coletivas costumam ignorar fronteiras o que, no longo prazo, deve mudar radicalmente toda a organização mundial.

Você concorda com tudo isso? Discorda? Seja qual for a sua opinião, uma coisa é certa: haverá sempre alguém mais que compartilhará a mesma opinião contigo e que você facilmente conseguirá somar em uma única e ensurdecedora voz. Afinal, o crowdsourcing em si não é uma tendência, mas uma realidade inconteste.

0 Comentários:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

MAPA DOS VISITANTES DO MASTER A PARTIR DE 06.02.2012

free counters

ORIGEM DOS ACESSOS AO MASTER DESDE 01.02.2011

free counters

You can replace this text by going to "Layout" and then "Page Elements" section. Edit " About "

MASTER Copyright © 2011 -- Template created by O Pregador -- Powered by Blogger