segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

12 negócios que mudaram comportamentos em todo o mundo

A lona de barraca que virou jeans
Em meados do século XIX, os imigrantes Levi Strauss (da Alemanha) e Jacob Davis (da Letônia), recém-chegados aos Estados Unidos, resolveram dar outra finalidade à lona que era usada na cobertura de barracas. O material passou a ser usado por eles para fabricar calças de um tecido resistente, ideal para o uso de mineradores. A peça de cor marrom logo ganhou cor azul e rebites de cobre foram usados para reforçar o modelo.
Patenteado, o produto passou a ser vendido sob a marca Levi´s na década de 40 e virou uma espécie de uniforme da juventude, batizada de “jeans”. A partir de 1950, a produção estava a cargo das marcas Lee e Wrangler, além da Levi's. No Brasil, a São Paulo Alpargatas foi a pioneira a fabricar as chamadas calças de brim Far-West, uma versão do jeans.

 
Resina em caixas coloridas
Os astecas usavam a goma de mascar, uma resina retirada de uma árvore chamada chicle, para estimular a produção de saliva durante longas caminhadas. Verdade ou não, o fato é que os mexicanos há anos tinham costume de mascar um tablete de cera parafinado vendido em farmácias. Mas apenas quando o americano Thomas Adams Jr se deparou com ele, em 1870, é que o produto começou a se tornar popular.
Adams ficou intrigado com o vizinho mexicano que mascava aquela cera para relaxar e foi conhecer melhor o tal chicle. Depois de experimentar, viu que poderia melhorar a novidade. Resolveu então amolecer e acrescentar o alcaçuz ao produto, produziu uma certa quantidade em formato de bolas, embrulhou-as em papéis coloridos e passou a vendê-las com a marca Chiclets Adam´s. Cheia de incertezas, a única parte inquestionável dessa história é que o produto passou a ser símbolo de uma geração jovem e rebelde – uma imagem muito bem impulsionada pela ajuda de filmes americanos.

 
A revolução da Lycra
No final dos anos 50, um cientista da DuPont, Joe Shiver, pesquisava um substituto para a borracha usada em espartilhos femininos, quando inventou um fio capaz de ser esticado até sete vezes e voltar ao seu comprimento inicial. Chamado de K, antes de ser consagrado com a marca Lycra, o elastano revolucionou o mundo da moda, na época repleto de roupas esticadas, caídas e folgadas. Graças a ele, trajes de banho grossos e pesados deram lugar a biquínis e sungas. Calças jeans maleáveis e leggings colantes começaram a moldar os corpos das mulheres nas ruas.
A revolução provocada pelo fio fez com que seu nome se tornasse sinônimo de produto e ficasse gravado na memória do consumidor com a força de uma marca de consumo e não a denominação de uma matéria-prima. Desde 1959, quando foi lançada comercialmente, a Lycra se mantém como uma referência, sobretudo na moda praia e em lingerie, a ponto de a sua logomarca ocupar o mesmo espaço da etiqueta do fabricante.

 
Precursor do fast-food
Você pode não saber nada sobre Grécia, Indonésia, China ou Rússia. Mas uma coisa é certa: há nesses, bem como em outros 117 países, um MC Donald´s onde você encontrará lanches com um sabor semelhantes em qualquer parte. A popularidade da rede é tanta que seu principal sanduiche, o Big Mac, virou um índice para medir a valorização (ou desvalorização) da moeda de mais de 100 países com relação ao dólar. E a rapidez no atendimento criou uma nova modalidade de atendimento e consumo, o chamado fast food, usado hoje por boa parte das redes de alimentação do mundo todo.
O curioso é que a rede de fast food começou com uma pequena barraca de cachorro-quente, aberta pelos irmãos Richard e Maurice McDonald, na Califónia, em 1937. A barraca evoluiu para um pequeno restaurante de estrada onde os clientes faziam pedido de dentro de seus carros para garçonetes de patins. Além do atendimento rápido, os irmãos criaram um método de montagem em série de hambúrgueres, o produto mais vendido por eles. Método que chamou a atenção do empresário Ray Kroc, responsável pela expansão da rede baseada em modelo de franquias.

 
Primeira ligação móvel
Em uma tarde de abril de 1973, na esquina da rua 56 com a Avenida Lexington, em Nova Iorque, o engenheiro Martin Cooper realizou o primeiro teste de uma de suas invenções. Ali, sob olhares descrentes de alguns colegas de trabalho, ele fez nada menos que a primeira ligação de um celular da história. O aparelho inventado pelo engenheiro da Motorola pesava cerca de um quilo, tinha sete centímetros de espessura e uma bateria que acabava com apenas 20 minutos de conversação.
Demorou dez anos para que os testes assegurassem a venda dos primeiros aparelhos ao mercado, com o singelo apelido de tijolo, graças ao seu peso. O preço do produto também era bem pesado, 3.995 dólares, mas não o bastante para impedir o desejo dos consumidores.

 
Invenção instantânea
Logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, os japoneses tiverem de reunir forças para reconstruir um país devastado pela pobreza. Nas ruas, filas de pessoas se formavam à espera da partilha da comida escassa, que demorava a ser feita em grandes panelas de água quente. Vendo aquilo, Momofuku Ando, dono da Nissin Food Products, resolveu criar um macarrão que fosse cozido em minutos, graças a um método de "fritura-relâmpago". Nascia assim o primeiro lámen - conhecido como miojo apenas no Brasil.
A invenção, no início ironicamente considerada um item de luxo nos restaurantes japoneses, transformou Ando em um ícone da culinária japonesa e um dos homens mais admirados do país. Fabricar o produto custava cerca de 75% menos comparado ao macarrões tradicionais e, aos poucos, o lámen foi conquistando espaço em pequenas mercearias populares japonesas e em outros países – a estimativa é que 80 bilhões de pacotes de Nissin Miojo sejam consumidos anualmente em todo o mundo. Tanto sucesso rendeu ao produto e ao seu criador dois museus destinados a eles no Japão.

 
Quatro rodas popular
Henry Ford não inventou o carro, como alguns americanos gostam de acreditar – o primeiro automóvel a combustão foi criado pelo alemão Karl Benz, em 1886. Mas é indiscutível que foi o americano quem tirou a ideia da garagem e a tornou tão popular.
No início do século XX, os carros eram difíceis de dirigir e de consertar. Foi quando o americano passou a idealizar um automóvel fácil de usar, construir e, principalmente, barato. O objetivo era faturar no volume de vendas e não mais na margem do produto. Depois de tanto quebrar a cabeça, Ford finalmente engatou a primeira e chegou no modelo ideal para promover essa inovação: o Modelo T, um projeto feito por meio de uma linha de produção batizada posteriormente de fordismo – e que inspirou linhas de produção em todo o mundo.


A janela dos micros
Da mesma maneira que Henry Ford simplificou o uso do automóvel e o tornou popular, Bill Gates e Paul Allen deram aos computadores uma linguagem fácil e acessível por meio dos sistemas operacionais da Microsoft. O Windows 95, lançado em agosto de 95, surgiu inicialmente como uma interface gráfica para MS-DOS.
A novidade permitia que os programas fossem rodados em modo gráfico e comandados por meio do uso do mouse. Esses são alguns dos atributos que faziram o sistema, cuja versão mais atual é o Windows 7, a se tornar o mais utilizado de todo mundo.


3M e suas mil invenções
Sabe aqueles papéis de recado auto-adesivos que você encontra colados em sua mesa vez por outra? Sim, os Post-its! Tão comum desde sua invenção, nos anos 80, o produto abriu caminho para uma nova forma de comunicação dentro das empresas. Simples e inovador – assim como os demais itens da lista de criações da 3M.
Fundada em 1902, no estado de Minnesota, a empresa criou a primeira lixa à prova d’água do mundo para reduzir poeira durante a pintura e funilaria de automóveis. Desde então, não parou mais de inovar, sempre com facilidades que mudariam de vez o comportamento dos consumidores e o aprimoramento de objetos. Entre eles, fitas adesivas, fita de vídeo, fita magnética para gravação de som e materiais para a sinalização de estradas.

 
L'Oreal e os fios tingidos
É raro – para não dizer impossível - encontrar hoje em dia mulheres que não tingem os cabelos ao sinal das primeiras madeixas brancas. Por isso mesmo, é até estranho imaginar como devia ser natural ver tantas mulheres de cabelos brancos antes da invenção da tinta para cabelos, em 1909.
A primeira tentativa bem-sucedida e confiável para esse fim foi criada pelo químico francês Eugène Schueller. Baseando sua fórmula num novo componente químico, a paraphenylenediamine, ele fundou a Fábrica de Tinturas para Cabelos Inofensiva. Um ano depois, Schueller escolheu um nome mais glamoroso para sua empresa: L’Oréal. Sua tintura mais famosa, Imedia, apareceu em 1927.


Do tocador de fita para o MP3
Ele está em todo lugar. Na academia, escola, trânsito, praia, ônibus, bolso de paletó, enfim... desde que o iPod foi criado, em 2001, ele virou um amigo inseparável de seus danos. Também pudera. O tocador de música de cores vibrantes da Apple revolucionou a maneira como as pessoas reuniam e ouviam, a qualquer hora e lugar, suas canções prediletas – bem como as canções prediletas de seus amigos, vizinhos e parentes que podiam ser facilmente copiadas. Já na quarta geração, o aparelho hoje é capaz de armazenar até 160 gigabytes de arquivos, e já ganhou outras versões, como o iPod Mini.
Tanta popularidade contribuiu também para que outro tocador de música revolucionário (esse de décadas atrás) saísse de cena. Trata-se do walkman, o avô do iPod, inventado pela japonesa Sony nos anos 70. Em outubro do ano passado, reprodutor de música para fita cassete com fones de ouvido parou de ser vendido por falta de consumidores. Nos últimos 30 anos, a Sony vendeu mais de 220 milhões de Walkman em todo o planeta.


Google e a busca mundial
Eu googlo, tu googlas, ele googla. A iniciativa, que virou verbo e mania, é uma das mais populares – se não a mais – entre pessoas do mundo todo, desde a criação do Google, o maior mecanismo de busca do mundo. É por meio dele que milhões de pessoas diariamente procuram, confirmam e abastecem de dados a rede mundial de computadores. Absolutamente qualquer tipo de informação é encontrada no site gratuito que, além de fácil de usar, traz resultados relevantes em uma fração de segundo.
O site foi desenvolvido, em 1995, pelos americanos Larry Page e Sergey Brin como uma nova abordagem para a pesquisa online. A ideia surgiu em um dormitório na Universidade de Stanford e rapidamente se espalhou para os pesquisadores de informações - tanto profissionais quanto usuários de internet. Hoje, o Google é praticamente o São Longuinho da internet.


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