quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

POST 1347: A BENÇÃO E A MALDIÇÃO DE SER INOVADOR. Por Marcelão

Pessoal, buscar a inovação requer muitas vezes nadar contra a maré, enxergar o que a grande maioria não consegue enxergar, ir além do que a verdade do momento nos diz e no final, caso você supere esses obstáculos, colher os resultados do seu empreendimento.

Dentro de uma empresa, isso significa enfrentar a resistência a mudança de pessoas que se preocupam mais em preservar seu domínio devido a ameaça de perder poder ou influência. Toda essa resistência gera frustração, desperdício de recursos, perda de oportunidades e a repressão do espírito humano.

Tem um trecho do livro “Intraempreendedorismo na prática”(Pincht, Gifford) que gosto muito que diz: “Aprender a inovar de forma mais eficaz é como aprender a perder peso. As regras básicas são simples e funcionam, mas é difícil segui-las. Nos dois casos, é essencial ter disciplina, compromisso e coragem.”

O objetivo desse post é abordar algumas características que devemos desenvolver se quisermos sermos mais inovadores e quais as reações que isso pode causar nas pessoas resistentes a mudanças ou que não compreendem perfeitamente um processo inovador.

Sem criatividade não se tem inovação, sem curiosidade não se tem criatividade. Pessoas inovadoras são muito criativas e de muita imaginação. São especialmente abertas a novas ideias e novas maneiras de pensar sobre antigos problemas. Adoram abordar uma ideia convencional ou uma maneira tradicional de fazer as coisas virando-a para o outro lado e explorando-a de uma nova perspectiva. O que é novo é o que lhes interessa como um artista buscando uma nova maneira de ver, concentram a sua imaginação em visualizar ideias, eventos ou problemas de formas completamente originais. Aprendem com as experiências pessoais e interpessoais, além de aprender nas salas de aula e nos livros. Você sente necessidade de novas informações e as vira a revira com a sua vívida imaginação.

O problema é que nem todos vão ficar felizes com a sua mente aventureira. Muitas pessoas estão satisfeitas com as ideias que servem bem a elas e à sua cultura, e com a visão a que se acostumaram sobre o que é ou não verdade. Elas não se animam com a perspectiva de sair de sua zona de conforto. Outras têm medo de novas maneiras de pensar e de formas criativas de resolver problemas porque são um pouco frágeis, no sentido em que têm problemas em manter a serenidade em seu mundo atual e não querem que alguém, como você, por exemplo, expanda as fronteiras de seu cosmo intelectual e cultural. Assim, não se surpreenda se as suas ideias pouco convencionais, às vezes, forem causa de críticas a você, ou mesmo se as pessoas fugirem da exploração de novos territórios da mente que você acha tão estimulantes.

O lado bom de tudo isso é que muitas pessoas acharam os seus pensamentos progressistas e a sua vívida imaginação muito atraentes. Elas entendem que as suas maneiras novas de pensar e a sua disposição para explorar, que os outros acham intimidadoras, são uma qualidade muito atraente. Outras almas criativas encontrarão em você uma companhia na jornada para o desconhecido e ficarão felizes com o companheirismo. As conversas com elas serão animadas e inovadoras e acenderão a imaginação, tanto a sua quanto a delas. Mesmo as pessoas menos curiosas que você ficarão impressionadas com a sua coragem de pensar e acreditar no que para elas é inimaginável e com a sua disposição de embarcar em aventuras da mente que elas achariam perigosas ou amedrontadoras. Para essas pessoas, você pode se tornar um mentor sobre o lado mais louco do pensamento e da crença, empurrando-as em direção às ideias criativas e progressistas que você acha tão interessantes.

Lidar com inovação requer saber lidar com a incerteza, mas, mesmo lidando com a incerteza, precisamos de um planejamento. Você deve estar afirmando: “Claro, afinal de contas, planejamos para diminuir a incerteza.” Sua afirmação está correta, mas no caso de inovação, eu diria que planejamos para saber lidar com a incerteza. É preciso ter em mente que os melhores empreendedores são como jogadores do meio-campo: eles mudam o plano rapidamente quando surgem novas informações.

Grandes empreendedores não são escravos de seus planos, e isso é importante. São comprometidos com seus planos, mas não ficam acorrentados a eles, a conexão é mais casual e informal. Sabem que algumas vezes “o melhor plano” foge do trilho, e quando isso acontecem você limpa o descarrilhamento e começa novamente, sem impedimentos.

Embora isso não aconteça frequentemente, quando os planos mudam, eles ficam confortáveis com isso. Na verdade, algumas vezes eles mudam os planos. É como se você tivesse planejado organizar seu escritório de casa no sábado e quando chega esse sábado, está um clima muito bonito lá fora para terminar de organizar o seu escritório, então vamos ao clube. No próximo sábado chuvoso, você provavelmente estará de volta ao escritório, mas dessa vez o trabalho pode esperar.

A idéia é ser organizado mas casual, sólido mas condescendente; confiável mas informal. É ter um pouco de espírito livre e quando esse espírito o move, você sai, seguindo o impulso do momento.

O problema é que Algumas pessoas vivem como militares, orientados ao dever, disciplinados e motivados. Para essas pessoas você pode parecer descomprometido, enquanto eles nunca deixariam o trabalho para brincar nem mudariam os planos no meio da marcha forçada de suas vidas, você deixa que as circunstâncias o influenciem e se move em outra direção, o que eles não compreendem.

Para muitas dessas pessoas, os momentos de observação e reflexão não são momentos dedicados ao trabalho. São lineares demais para compreender que um momento de respiração mais profunda pode levar a vários momentos de inspiração no futuro.

Ocorre que a inovação nunca ocorre conforme o planejado. Ao investir em inovação, procure apostar em equipes formadas por pessoas que possam fazer correções diante de imprevistos.

Resumindo, persistência e coragem são fundamentais como atitudes de uma pessoa inovadora. Uma pessoa inovadora deve ter em mente que muitas vezes ele e seus métodos serão questionados a todo instante, pois são atitudes e métodos que fogem do convencional. Como diz a canção, é preciso saber viver, ou no caso, é preciso saber conviver. É preciso compreender que ter pessoas com mentalidade inovadora faz muito bem para as empresas, mas, geralmente, não faz bem para a própria pessoa tão grande é a quantidade e o volume de obstáculos a serem vencidos.

Um abraço.

I Believe in change


Marcelo de Souza Bastos, o Marcelão.
Formado em ciência da computação pelo Uniceub em Brasília e MBA em planejamento e gestão empresarial pela Universidade Católica de Brasília.
Mais de Marcelão AQUI

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