sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Novo contratado de WARREN BUFFETT é discreto e sagaz

Richard Weschler
Até poucos dias atrás, Richard Weschler era um bem-sucedido — mas praticamente desconhecido — gestor de fundo de hedge em Charlottesville, cidadezinha de 43 mil habitantes no Estado americano da Virgínia, a centenas de quilômetros de Wall Street.

Depois de o mundo ter descoberto que Weschler, 50 anos, será um dos dois gestores de investimento trabalhando sob o comando do megainvestidor Warren Buffett, o executivo virou uma pequena celebridade no mundo financeiro.
Não é um grau de atenção com o qual Weschler sonhava. Mas evitá-lo não será fácil agora que Buffett deve dar ao gestor o comando de até US$ 3 bilhões em capital para investir — quando Weschler entrar para a Berkshire Hathaway Inc. no próximo ano.
"Faço de tudo para não chamar a atenção", disse Weschler ao The Wall Street Journal na terça-feira, em frente a seu escritório numa área pitoresca no centro de Charlottesville repleta de galerias de arte e restaurantes. O gestor admitiu que manter tal discrição ao trabalhar para Buffett pode ser uma "contradição".
Nesse dia, Weschler saiu por volta do meio-dia para comprar uma salada num mercadinho a cerca de uma quadra do escritório. Foi botar o pé na rua para ser cumprimentado por amigos e vizinhos parabenizando-o pelo novo posto.
Weschler agradeceu educadamente, apertou a mão de alguns, se recusou a dar uma entrevista mais longa e disse que tinha de se reunir com investidores de seu fundo, o Peninsula Capital Advisors LLC. O fundo administra um patrimônio de cerca de US$ 2 bilhões.


Weschler, vestido com uma camisa social branca com suas iniciais bordadas no bolso e uma gravata azul e vermelha, disse que estava "pasmo" com o fato de um repórter ter se deslocado de Nova York para tentar entrevistá-lo.
Mas o histórico de Weschler no comando do Peninsula deixa claro por que Buffett e, agora, muitos dos vizinhos do gestor, estão loucos para aproximar-se dele.
Na última década, o Peninsula registrou um retorno anualizado na casa dos dois dígitos. No mesmo período, o índice Standard & Poor's 500 praticamente não saiu do lugar.
Um dos principais motores do desempenho do Peninsula foi um presciente investimento na fabricante de produtos químicos W.R. Grace & Co., na qual trabalhara anos antes e que entrou com pedido de concordata em 2001 devido a indenizações envolvendo o uso de amianto que foi obrigada a pagar.
De lá até julho último, as ações da Grace, que ainda está em recuperação judicial, subiram de cerca de US$ 2 por ação para US$ 50. Com base na posição de acionistas em 30 de junho, a fatia da Peninsula na empresa era avaliada em US$ 391 milhões.
Um investidor do Peninsula calcula que mesmo que Weschler não tivesse investido na W.R. Grace, o fundo ainda teria se multiplicado sete ou oito vezes desde a criação em 2000.
O sucesso do Peninsula ao investir e manter a posição em empresas como a W.R. Grace e a especialista em diálise DaVita Inc. é fruto da disciplina de investimento de Weschler, dizem conhecidos e parceiros de investimento. Assim como Buffett faz há muito tempo, Weschler fecha o foco numa dezena de empresas, colhe informações de uma extensa rede de contatos no mercado, trabalha numa sala pequena, evita o raciocínio convencional de investimento e segura a posição por anos a fio.
E, assim como Buffett, Weschler tem experiência não só com a compra de ações no mercado aberto, mas também com a compra de empresas inteiras no mercado privado. Em carta recente aos investidores, Weschler afirmou que buscava abertamente seguir o modelo de investimento de Buffett.
Várias pessoas que conhecem Weschler dizem que há muito em comum entre ele e aquilo que sabem de Buffett.
Se há um segredo para seu sucesso, Weschler diz que é ler. Muito. Uma pessoa que já visitou seu escritório comentou que há pilhas de balanços de empresas por toda parte. Ele mesmo lê tudo. Weschler divide o escritório com um assistente e uma secretária.
"Ted [Weschler] passa meses quieto em seu canto tentando entender uma determinada questão. Depois disso, age como um discreto repórter daquilo que apurou", diz Patrick Grace, investidor privado em Nova York e filho de Peter Grace, o falecido presidente da W.R. Grace, conglomerado no qual Weschler aprendeu a analisar potenciais alvos de aquisição. Ele "podia morar noTaiti e estar fazendo o que faz hoje, tamanha sua disciplina mental".
Weschler disse encarar a atividade de investimentos como um jogo de "unir os pontos" — juntar uma série de informações isoladas para obter o retrato completo de uma empresa.

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