1 – Fale mais sobre dinheiro
Costumo brincar com as pessoas dizendo que, se
quiserem desfazer uma “rodinha” de conversa animada em uma festa, basta se
aproximar e começar a falar de dinheiro. Isso acontece, basicamente, por três
razões: o “assunto” dinheiro é chato (sou um profissional de finanças e sou o
primeiro a reconhecer que não é o assunto mais “sexy” do mundo), falar de
dinheiro é um tabu em nossa cultura (especialmente quando falamos o quanto
ganhamos) e, para muitas pessoas, falar de dinheiro traz sensações
desagradáveis, como a culpa (principalmente para aqueles que têm dificuldade em
equilibrar as contas).
Mas falar sobre dinheiro nos motiva a entendê-lo
melhor e a buscar formas melhores e mais inovadoras de nos relacionarmos com
ele. Se nos aproximamos de pessoas que ficam mais à vontade falando de
dinheiro, isso acaba gerando em nós mesmos uma “pressão de pares” que nos
estimula a conhecer melhor nossas finanças e o dinheiro como um todo.
E nunca é demais lembrar: fugir de um assunto (seja
ele qual for) nunca foi e jamais será a melhor forma de lidar com ele. Encare-o
de frente.
2 – Invista em educação financeira
Quando se fala em educação financeira, algumas pessoas
imaginam algo como “mas será que vou ter que voltar para a escola e fazer uma
pós-graduação em economia?”. Nada mais distante da verdade…
A maioria das pessoas não tem ideia do quanto um pouco
de senso crítico e alguns conhecimentos rudimentares de finanças podem operar
verdadeiros milagres nas vidas delas.
Podemos nos educar financeiramente de várias formas:
através de livros, cursos, seminários, vídeos… podemos até mesmo escolher se
queremos pagar por esta educação ou não, uma vez que praticamente tudo que
qualquer pessoa precisa saber pode ser encontrado gratuitamente na internet. O
investimento em educação financeira não necessariamente exige dinheiro, mas
exige tempo e disposição.
Mais uma vez é importante ressaltar que o objetivo não
é virar um “mestre das finanças” (a não ser que você queira), e sim ter o
mínimo de base teórica para conseguir conversar com seu gerente de banco de
igual para igual, ou então para escapar da conversa fiada daquele seu cunhado
“genial”, que quer te arrastar para um esquema furado de investimento em
engorda de porquinhos da índia que “vai deixar todo mundo milionário”…
3 – Adote a “Lei de Responsabilidade Fiscal” em sua
vida
Se você ganha “X” por mês, seu gasto mensal deve ser
inferior a “X”, simples assim. Se você está insatisfeito com seu padrão de vida
e quer elevá-lo, então pense antes em como vai elevar sua renda para fazer
frente ao custo do padrão de vida que você aspira a ter.
“Viver dentro de suas possibilidades” é uma enorme
demonstração de respeito ao dinheiro. E se existe algo que as pessoas de alto
QI financeiro sentem em relação ao dinheiro é um profundo respeito.
4 – Pense em ganhar mais
É incrível como é possível se ganhar dinheiro com
qualquer coisa neste mundo. Até aquilo que a gente imagina que não tem valor
algum, aquilo que jogamos no lixo (ou lugar pior…) pode ter enorme valor nas
mãos de alguém que viu uma oportunidade de ganhar com aquilo.
Não existe fórmula mágica para ganhar dinheiro, mas
existem inúmeros caminhos. É possível ganhar muito dinheiro tendo um negócio,
tendo um emprego (pergunte para algum executivo graduado de uma grande
empresa), investindo no mercado financeiro, sendo um profissional liberal… em
qualquer profissão, existem pessoas que ganham pouco e pessoas que são ricas. O
que você poderia fazer para estar no segundo grupo?
5 – Seja um consumidor defensivo
Grandes empresas (e as pequenas também) gastam
anualmente uma quantia de dinheiro além da imaginação de qualquer mortal com um
único objetivo: fazer você gastar seu dinheiro (muitas vezes em coisas de que
você NÃO precisa).
Não espere que alguém te defenda, pois o sistema está
cem por cento contra você. As empresas querem que você compre os produtos e os
serviços que elas oferecem; os bancos querem que você use suas linhas de
crédito para adquirir esses produtos e serviços; o governo quer que você
consuma, pois isso gera maior arrecadação de impostos e, por fim, o mundo
inteiro quer que você compre as últimas novidades e esteja sempre “na moda”
para ser aceito socialmente.
Se você não se defender, ninguém o fará. Por isso,
cuidado com compras por impulso, com armadilhas de consumo e com as tentações
das propagandas.
FONTE ORIGINAL: EXAME
André Massaro
Administrador de empresas pós-graduado em economia.
Já foi executivo financeiro, consultor e investidor profissional.
Administrador de empresas pós-graduado em economia.
Já foi executivo financeiro, consultor e investidor profissional.
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1 Comentários:
Ótima matéria.
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