Conversando na última semana com um CEO de uma empresa
de comunicação, ouvi o mesmo relatar problemas para lidar com alguns jovens
talentos de sua empresa. Ele falava sobre dificuldades dos jovens em absorver e
prestar atenção nos feedbacks e também falava sobre a pressa demasiada em
promoções e crescimento.
Segundo o mesmo, o ambiente profissional da geração Y
às vezes mostra um mundo “de crescimento mais fácil e rápido” que na média
sempre foi, pela abundância de informações, oportunidades e pelo momento
positivo de nosso país. Ele disse isso sem desprezar o esforço dos jovens, pelo
contrário, foi apenas o retrato da realidade que o mesmo vivencia com sua
equipe.
Não vou aqui neste post escrever sobre a questão mais
abrangente da geração Y, pois nosso colega estagiário y assim o fez
recentemente com propriedade no post “ Eclipses
são necessários “. A mensagem que eu quero colocar aqui é sobre a
constatação da dificuldade que alguns jovens tem de dar importância ao
feedback.
Temos uma ferramenta muito boa para balizar nosso
crescimento e desempenho que são nossos ouvidos, devemos deixá-los sempre atentos
aos feedbacks.
A inquietude que é uma característica (positiva ao meu
ver) dos jovens somada ao excesso de informações muitas vezes desvia a atenção
do jovem para situações onde recebe retorno indireto, ou até pequenos toques
sobre seu desempenho.
Esteja aberto para receber esses sinais, se não
estivermos procurando, não perceberemos. Às vezes não prestamos atenção por
acharmos que já estamos pensando lá na frente ou que já temos muito com o que
nos preocuparmos. Mas para chegar lá tem de partir daqui, tem que vencer cada
dificuldade, uma a uma, sem perder essas valiosas lições.
Não precisamos ter medo ou evitar situações em que
somos colocados em avaliação, pelo contrário.
Essa prática de buscar feedback construtivo e objetivo
e realmente agir em cima desses feedbacks pode ser um fator diferencial muito
grande para um profissional em início de carreira. Diferencial, pois fortalece
nas dificuldades e trás o profissional para uma situação mais realista sobre
nosso desempenho. Quanto mais nos conhecemos, menos sofremos com nossos erros,
que virão, tenha certeza. E são parte importante do nosso crescimento.
Mas para isso, precisamos estar com os ouvidos abertos
e com humildade para absorver de forma construtiva. Cada um de nós tem talentos
e qualidades, que se potencializam quando aprendemos a ouvir e a prestar
atenção nos retornos que temos.
Você tem prestado atenção nesses pequenos retornos?
Está com os ouvidos abertos e desarmados? Comente.
É mestre em Administração de Empresas pela Stanford Graduate School of Business (Sloan), certificado em Global Management. Possui dois cursos de especialização pela Harvard Business School, um sobre em análise financeira e outro sobre mercado imobiliário.
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