Por Peter Montoya*
Peter Montoya, autor do livro A Marca Chamada Você, conta como criar uma marca pessoal dominante e irresistível para os negócios.
Crie uma marca pessoal dominante e irresistível. Esse é o conselho de Peter Montoya, um dos autores do livro ‘A Marca Chamada Você’ e especialista em mídia e comunicação de marcas pessoais, para a sobrevivência das empresas e empreendedores neste mercado altamente competitivo. Montoya desconstrói duas ilusões muito comuns entre aqueles que iniciam um negócio. A primeira, a de que o público se importa com o seu negócio, quando, na verdade, ele nem sabe que existe. A segunda, a de que você oferece algo diferente e superior à concorrência, quando, de fato, oferta basicamente os mesmos produtos ou serviços. E como não cair nestas armadilhas? Criando uma marca pessoal irresistível.
“Grandes Marcas Corporativas (Apple, Nike, Disney) e grandes Marcas Pessoais (Oprah, Michael Jordan e Madonna) precisam trabalhar horas extras para permanecerem relevantes e poderosas. Isto não é uma tarefa fácil. Para sobreviver, não importa onde, primeiro esta marca (ou a pessoa por detrás dela) deve se especializar em um mercado grande, crescente e desejável. Em segundo lugar, a marca deve proporcionar qualidade superior por um longo período de tempo. E por último, a marca tem de garantir a evolução de seus serviços para permanecer relevante”, explica.
Montoya destaca ainda que o sucesso de hoje não é apenas uma questão de “trabalhar duro e fazer um bom trabalho”. Ele depende também de causar uma impressão correta nas mentes das pessoas – com capacidade de comprar o seu produto ou serviço, ou ainda de promovê-lo. E causar esta boa impressão depende também de estar preparado para “vender” esta marca para atrair e manter os clientes por meio de especialização, total conhecimento da área que atua, desenvolvimento das qualidades materiais da marca, inclusive logotipo, Web Site, catálogo e apresentação dos materiais, e da criação de um canal de comunicação para manter um contato estreito e permanente com clientes e potenciais clientes.
Porém, dar o próprio nome para a empresa requer uma atenção especial e implica em cuidar de dois “negócios” – da companhia e da sua própria imagem. Isso porque, em determinados momentos os dois elementos se convergem. “Quando um fundador dá seu nome à empresa, sua marca pessoal e a marca da empresa são quase indistinguíveis. Isto é exemplificado pelas seguintes pessoas/empresas: Walt Disney, Oprah, Ralph Lauren. Todos os erros do fundador podem, temporária ou definitivamente, prejudicar a reputação e/ou o potencial de ganho da empresa”, alerta.
Montoya destaca em trechos do livro, que essa marca pessoal é tão forte que tudo o que você faz na sua vida profissional – e mesmo algumas das coisas que você faz publicamente na sua vida pessoal – afeta a sua Marca Pessoal. “Toda marca é um pouco como um navio com as velas estendidas, constantemente em equilíbrio com a força do vento que o move e que ao mesmo tempo deseja arrancar-lhe os mastros e afundá-lo”.
Tome uma decisão equivocada no leme ou interprete mal o tempo, e você logo estará enviando um SOS e abrindo os botes salva-vidas. Uma Marca Pessoal sobrevive num delicado equilíbrio entre a promessa que você faz ao seu mercado, seus clientes e as suas ações diárias. Se a sua marca compromete-se a oferecer uma incrível experiência de atendimento ao cliente, você tem que proporcionar essa experiência pelo menos 90%. Toda vez que você falha, sua marca é ligeiramente danificada. Se houver fracassos o suficiente – muitas incoerências em relação à sua promessa – você arruinará sua marca. As pessoas começarão a pensar que a sua promessa é uma mentira e que você é um impostor. “Aí você naufraga”, salienta.
Cuidados com o veículo que você dirige, as roupas que você veste, onde você come, as instituições beneficentes que você ajuda, qual igreja você frequenta, o quão limpo é o exterior do seu prédio, como sua casa é decorada, como você dá um aperto de mão etc., são coisas que irão refletir diretamente na sua marca. “Quando você se compromete a criar uma Marca Pessoal, você está realmente comprometido. Por isso é tão fundamental que sua marca reflita quem você realmente é – as coisas com que você se preocupa, as coisas de que você gosta, e como você vive. Se você não for autêntico, não conseguirá levar sua marca adiante a longo prazo”, conclui Montoya.
(*) É especialista em mídia e comunicação de marcas pessoais, escritor, editor independente e autor do livro A Marca Chamada Você em parceria com Tim Vandehey.
Opinião do blogueiro:
“É preciso administrar e potencializar a marca pessoal, aumentar o seu valor e construir uma boa reputação. A sua chance aumenta quando você se concentra no que faz de melhor, entrega resultados acima da média e busca sempre o aperfeiçoamento – pessoal e profissional. Autoconhecimento é essencial para que a pessoa consiga construir uma marca pessoal respeitável. Saber o que levaria o mercado a escolhê-lo, igualmente.
Há pessoas que se preocupam demasiadamente com o seu cartão de visitas corporativo, quando, na verdade, a reputação da sua marca pessoal é o que há de mais importante. E, reputação se constrói ao longo do tempo. É preciso ter e inspirar confiança, valor fundamental para a sua carreira e vital para a construção de uma marca pessoal de valor.
Quando a marca da empresa se confunde com a marca do profissional a atenção é redobrada, pois a fronteira entre o cidadão e a empresa é tênue. Lembre-se: você tem que refletir o que você é. Autenticidade é fundamental. Ser ético e ter um discurso coerente e alinhado com as ações, também.”
Albírio Gonçalves
FONTE: BLOG DE ALBÍRIO GONÇALVES.
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