Eu venho
pesquisando e escrevendo sobre nutrição e saúde à algum tempo e de fato, as
informações contraditórias, os estudos inconclusivos, os mitos repassados entre
a população é de deixar os indivíduos confusos.
Os agravantes do padrão alimentar atual são lógicos e as mudanças, hábitos e estilo de vida, feitas ao longo das gerações certamente deixa a desejar em relação á prevenção e cuidados com a saúde. É intrigante ver indivíduos desprenderem de boa parcela de sua renda somente com a "remediação", ou mesmo com produtos e serviços "milagrosos".
Que grupos
de alimentos irão compor sua dieta sugere como sendo algo muito
particular? É, de fato. Para quem analisar o crescimento populacional e a
evolução da obesidade e de patologias, associadas a ela, ou não, de longe vai
perceber, que embora há outros fatores existentes, o aumento da oferta de
alimentos do mesmo grupo, e menor gasto calórico, aliados ao estresse, a
desnutrição oculta, a desidratação e inflamação crônica, estão entre os
desencadeadores de parte dos problemas de hoje.
Aumento da
oferta de alimentos do mesmo grupo? Pois bem, se antes eu tinha como opção o
trigo integral, o grão de centeio como fonte energética, hoje eu tenho, as
massas, bolos e pães feitos com a farinha refinada, as variadas
preparações com o arroz polido, as batatas, que agora são fritas... e
assim por diante...se antes eu tinha a àgua para beber, hoje me é oferecido, os
sucos em seus diversos sabores, sucos de frutas, refrigerantes, as bebidas com
alcool... que nadam saciam a sede.
Hoje, um
paciente hospitalizado está sujeito à receber uma dieta
"especial" a base de gelatina, sopas ralas e bolachas água e
sal, na educação infantil a criança em desenvolvimento está a mercê de
sucos em "pó", biscoitos doces, já ao colaborador de uma empresa após
o turno de trabalho lhe está disponível como principal refeição um prato,
muitas vezes, com os ingredientes mais baratos, sem muitas variações,
pensando-se somente no baixo custo da refeição e não na qualidade.
Em relação
a alimentação e nutrição; Se a intenção, e há necessidade de otimizar
a dieta, de forma lógica, o que nada contribui à isso deve estar
"fora" de seu cardápio, ou em menor quantidade, e o que
lhe promove maior disposição, energia e bem-estar, deve estar dentro do
prato.
Dúvidas sobre o que comer? Sim,
há na mídia e você pode ter muitas, já que há opinões e estudos
científicos divergentes, e o que mais confunde são os alimentos que
foram gradativamente sendo introduzidos na dieta humana, fazendo com
que parte da população, obtém a informação e a leva como fonte verdadeira.
Assim, leia uma informação e analise
de forma crítica, se é sensata ou não, seja ela não restrita a dietas e
nutrição.
A preocupação com a saúde só se torna consciente, muitas vezes, quando o indivíduo sofre alguma carência, quando o aumento do peso já está se tornando uma agrave à saúde e alguma patologia se instala. Lembre os sintomas surgem antes que alguma doença se instale; E QUALIDADE DE VIDA, o que prezo, não é só comer de forma saudável, e sim, viver de forma saudável.
Sendo uma das formas mais
simples e eficazes para alcançar uma boa saúde e longevidade é o foco sobre a
nutrição diária. O organismo requer EQUILÍBRIO NUTRICIONAL,
disponibilidade de todos os nutrientes em níveis adequados, conforme a idade,
peso, altura e demais fatores, o que certamente lhe trará qualidade de vida,
preservação da saúde e prevenção de doenças.
Noções sobre alimentação deveriam ser
repassadas desde a infância, o que não costuma acontecer, maus hábitos são
transmitidos de geração para geração.
A dieta precisa ser planejada, atendendo todas as necessidades corporais
e adequada ao paladar, à cultura, ao clima... Quanto aos hábitos, eles podem
ser modificados!
DICAS RELEVANTES:
CUIDADOS ALIMENTARES EM DIAS QUENTES
Em dias quentes ocorre maior perda de
líquidos e minerais devido ao aumento da temperatura corporal e sudorese. A
hidratação torna-se ponto chave ao bem-estar e disposição.
A ingestão de líquidos deve ser
frequente, especialmente água mineral, água de coco, ou chás gelados, sucos de
vegetais (vegetais dão volume, fibras, nutrientes e são de menor densidade
energética que frutas) e menor porção de frutas, sem esperar que a sede
apareça, já que sede, já é um sinal de desidratação. Outras bebidas de preferência,
valem de vez em quando... Além da água, para manter-se hidratado, alguns
minerais e eletrólitos como o sódio e potássio são de fundamental importância.
INTEGRAIS FAZEM A DIFERENÇA
Os integrais fazem a diferenças, mas
o glúten pode ser alergênico? De fato, o grau de inflamação que o glúten
promove no organismo depende de fatores distintios.
Alimentos em sua forma
"integral" são essenciais, por que? Não sofreram transformações
significativas, nem perda de suas propriedades como vitaminas, minerais e fibras.
As fibras formam géis que retardam o
esvaziamento gástrico, contribuem a saciedade, como também à formação e
eliminação do bolo fecal. Minerais e vitaminas, em especial, vitaminas do
complexo B, estão presentos nos alimentos integrais. Embora os alimentos
refinados ainda estejam na dieta dos indivíduos, você têm muitas opções: arroz,
pães, biscoitos, bolos, massas na sua forma integral.
Como também possuem calorias, e isso
você sabe, procure orientações quanto as porções adequadas que você necessita
ao longo do dia. Se não há preocupação com o glúten, os cereais integrais
contribuem como fonte energética, entre eles o trigo integral, cevada, centeio,
aveia... sem glúten estão o arroz integral, quinoa, amaranto...
ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAS
Os ômegas 3 e 6 são gorduras
essenciais, ou seja, o organismo não pode produzi-lo, devem ser supridos na
dieta diária.
Vegetais verdes escuros, peixes como
atum, anchova, carpa, salmão, sardinha e óleos dos peixes são as principais
fontes de ômega 3, de importância para quem busca a saúde na prevenção de
doenças. O ômega 3 tem sido alvo de inúmeras pesquisas, já que a ingestão
diária têm demonstrado minimizar o risco de doenças, como Alzheimer e
Parkinson, além de contribuirem à saúde cardiovascular.
Agindo como antioxidante e
antiinflamatório, o ácido graxo pode prevenir o envelhecimento precoce. O óleo
de peixe é rico em ácidos graxos poliinsaturados, EPA e DHA. o DHA é
constituinte das células nervosas e o EPA é um antiinflamatório potencial. Mas
fica a pergunta, de onde virão os peixes? Infelizmente, pescados podem
conter metais pesados, como o mercúrio, PBCs..
OS MALEFÍCIOS DO EXCESSO DE PESO
Doenças do coração, hipertensão arterial, trombose, diabetes tipo 2, dislipidemias, apnéia do sono, depressão, asma, infertilidade, risco aumentado entre as formas mais comuns de câncer, entre gestantes a gravidez de alto risco.
Doenças do coração, hipertensão arterial, trombose, diabetes tipo 2, dislipidemias, apnéia do sono, depressão, asma, infertilidade, risco aumentado entre as formas mais comuns de câncer, entre gestantes a gravidez de alto risco.
Mesmo que a taxa metabólica e
contribuição ao aumento do peso esteja ligada à características genéticas,
distúrbios endócrinos e hormonais, vêm ocorrendo sim, entre as diferentes
faixas etárias, um aumento significativo na ingestão calórica e redução do
gasto energético. Será a rotina atrelada o principal motivo? Seja o desequilíbrio
na quantidade de alimentos ingeridos, a qualidade também está pecando.
A orientação/educação nutricional é
fundamental, independente da causa que leve ao excesso de peso!
DIETA MEDITERRÂNEA E SAÚDE
Dieta do Mediterrâneo, ou Dieta
Mediterrânea, é um tipo de alimentação característica de alguns países da
região do mar Mediterrâneo (Itália, Grécia, Portugal, Espanha, França...).
Composta basicamente por legumes,
hortaliças, frutas, azeite de oliva, cereais integrais, nozes e sementes,
peixes, além do vinho. Vários estudos têm confirmado que o consumo destes
alimentos estão associados com menor risco de doenças cardiovasculares quando
comparadas aquelas ricas em alimentos com alto índice glicêmico ou ricas em
gorduras trans, presentes principalmente em alimentos industrializados.
Alimentos com alto índice glicêmico incluem o arroz polido, macarrão, pão
branco, bolos, biscoitos.
A inflamação está entre as causas do
envelhecimento precoce, doenças cardiovasculares e tumores. A dieta está entre
as aliadas à reduzir a inflamação.
FIBRAS, DA SACIEDADE À PREVENÇÃO
A alimentação com quantidades
suficientes de fibras regulam o funcionamento do intestino, evitando
complicações como a constipação, inflamções e irritações do intestino,
câncer... As fibras são essenciais à saúde, pois previnem doenças graves e
auxiliam no emagrecimento.
Proporcionam sensação de saciedade,
estimulam a mastigação, assim, a secreção da saliva e suco gástrico, promovem
regulação do tempo de trânsito intestinal, atrasando o esvaziamento gástrico,
tornando mais lento a digestão e absorção.
Devido a sua capacidade de absorver
água, no cólon, formam fezes volumosas e macias, atuam no metabolismo dos
carboidratos, no controle da glicemia, formando um gel (pectina e goma) no
intestino tornando mais lento a velocidade na qual a glicose entra na corrente
sanguínea.
Atuam também na absorção e regulação
de lipídeos sanguíneos, as fibras insolúveis se ligam aos sais biliares e
reduzem a absorção das gorduras, entre elas do colesterol; as fibras solúveis
diminuem especificamente o colesterol LDL.
A decomposição das fibras ocorre na
maior parte no cólon, onde sofrem a fermentação das bactérias anaeróbicas.
Principais
diferenças entre os tipos existentes de fibras?
Fibras Solúveis: temos como exemplo
nesta classe as pectinas, gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses. Elas
retardam o esvaziamento gástrico e o tempo do trânsito intestinal, diminuem a
absorção de glicose e colesterol, proporcionam substrato fermentável para as
bactérias do cólon, reduzem a concentração plasmática de colesterol, melhoram a
tolerância à glicose e solúveis em água.
Fibras Insolúveis: Celulose e algumas
hemiceluloses. Fazem parte da estrutura das células vegetais. Não se dissolvem
na água, aumentam o bolo fecal, aceleram o tempo de trânsito intestinal pela
absorção de água, reduzem o risco de hemorróidas e diverticulites.
Alguns exemplos de fontes
alimentares:
Celulose: presente
nas cascas dos frutos, farinha de trigo, farelos e sementes.
Hemicelulose: nos grãos
de cereais, farelo de trigo, soja e centeio.
Pectina: nas
frutas cítricas, legumes e vegetais.
Gomas: na aveia
e farelo de aveia, farelo de cevada.
Mucilagens: nas
sementes e algas (agar-agar).
Lignina: na
linhaça, no grão integral, ervilha, aspargos.
A ingestão deve consistir em quantidades equilibradas entre fibras
insolúveis e solúveis. Saiba que o consumo exagerado pode dificultar a absorção
de alguns minerais, como a absorção de zinco e cálcio, especialmente em
crianças e idosos.
Expert em
Qualidade de Vida e bacharel em Nutrição. Atua como Nutricionista Clínica na
Serra Gaúcha.
Mais de Greice Caroline Baggio AQUI
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