Em 2008, os Professores de Economia Prof. Nouriel Roubini, um ilustre desconhecido, o Prof. Paul Krugman, um ilustre economista Democrata que não esconde seu viés científico, e o economista Alan Greenspan saíram a público dizendo que a crise de 2008 poderia ser como a de 1929 quando 24% dos americanos perderam seus empregos.
Prof. Roubini disse mais, que seria pior que a de 1929.
Estas previsões tiveram amplo destaque na imprensa, traduzidas como L, U e outras letras, depois substituídas por um W quando percebeu-se que todos estavam errados.
Agora em 2011, sabemos que o desemprego foi de 6% para 9%, e não 24%.
3% de desemprego não é nenhuma Crise de Capitalismo, ainda mais porque muitas empresas demitiram justamente devido a estas previsões catastrofistas que foram veiculadas pelo Jornalismo Econômico mundial.
Ninguém checou as fontes. Que Roubini não havia previsto esta crise, que Paul Krugman jamais ganhou um prêmio Nobel, e assim por diante.
Eu descartei o Prof. Nouriel Roubini quando chequei o que ele havia escrito sobre a Crise de 1986 nos Países Emergentes, e ficou claro que ele não entendeu absolutamente nada do que havia acontecido com o Brasil.
Assunto que eu entendia, e bem.
As empresas capitalistas foram mais do que socialmente responsáveis.
O grosso das demissões foram no setor Imobiliário, que vivia do subsídio Keynesiano da Mortgage Interest Deduction, e no setor Bancário e de Hedge Funds, neste caso merecidamente.
Sabemos por experiência que um aumento de 3% de desemprego não gera nenhum cataclisma capitalista como Roubini, Krugman e Greenspan previam.
Aumentos de 3% de desemprego ocorrem sistematicamente.
Mesmo porque, em 2008, somente 60% da renda vem do trabalho ou seja estes 3% precisam ser multiplicados por 50%, igual a 1,8%.
O efeito líquido destes 1,8% seria uma queda do PIB de 1,8% somente. As empresas capitalistas foram socialmente responsáveis, a maioria manteve seus funcionários, com exceção dos Bancos e Hedge Funds que mereceram ser dispensados.
Hoje, 40% da renda são aposentadorias públicas e privadas contra 10% em 1929, quando todo mundo era mais jovem.
Nestes 40% também temos dividendos das empresas, que em 1929 e 2008 permaneceram estáveis, como os juros de 30 anos contraídos antes da crise.
Ou seja, a renda Capitalista se manteve estável, nenhuma crise portanto, e a do trabalho caiu 3%, e muitos trabalhadores americanos têm ações das empresas que trabalham, mesmos os desempregados.
Portanto, esta crise americana jamais deveria ter tido a amplitude que teve.
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*Stephen Kanitz é Consultor de Empresas, escritor e conferencista.
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