Talvez não tenha ouvido esse nome, mas possivelmente já teve contato ou até mesmo usou um serviço ou produto que cabe nessa classificação.
O consumo colaborativo é um tipo de prática mercantil, amplamente divulgado em sites via internet, onde pessoas buscam formas de usufruir de bens em serviços de maneira diversa da tradicional baseada na troca por moeda corrente entre comprador e vendedor.
Neste tipo de prática, as pessoas são chamadas a buscar alternativas ao consumismo e ao modelo tradicional de aquisição baseado na propriedade individual.
A palavra de ordem á compartilhar. Pode ser por meio de empréstimo, aluguel, troca, redistribuição, ou até mesmo oferta de um produto com manutenção atrelada, para garantir maior duração daquele produto. A grande questão é que o consumo colaborativo quebra o paradigma: produção em larga escala (quantidade em detrimento da qualidade), propaganda, obsolescência programada ou perceptiva (as coisas estragam ou saem de moda rápido demais), e por fim descarte em um tempo recorde.
O consumo colaborativo é uma tendência bastante ampla e pode ser dividida entre:
Sistemas de Serviços de Produtos – quando em vez de se vender um produto vende-se o serviço que ele representa, como no caso do Zipcar e da Zazcar (no Brasil), locadoras de veículos por curtos períodos, locadoras de filmes como a Netmovies, entre outros.
Mercados de Redistribuição – quando um objeto em desuso é transferido a outro proprietário para ter uso novamente, como venda de usados, feiras de trocas, garage Sales, etc.
Estilos de vida colaborativos – quando as pessoas compartilham tempo e espaço ocioso numa vivência mais forte de comunidade, como banco de tarefas entre vizinhos, ecovilas e compartilhamento de espaços para turistas (Coachsurfing, Airbnb).
Motivação para colaborar
A motivação das pessoas para participar de formas de consumo colaborativo podem ser diversas: economia de custos, obtenção de renda de objetos/espaço;tempo excedentes, reforço do sentimento de pertencimento a uma comunidade, socialização e concsiência ambiental no desejo de cortar desperdícios.
Mesmo quando a motivação não é estritamente ambiental, as formas de consumo colaborativo são consideradas mais sustentáveis, pois evitam o ciclo comprar, usar pouco, jogar fora, comprar mais. Aumentando a vida útil de produtos e/ou intensificando o uso de objetos pouco usados como carros, ferrramentas, equipamentos e espaços, reduz-se a quantidade de resíduos que vão para os aterros e diminui-se a necessidade de extração de recursos naturais.
Busca-se com este movimento expandir e reforçar conceitos como compartilhamento, troca, empréstimo, aluguel e outras habilidades onde um mesmo bem pode servir a mais de uma pessoa e os serviços são trocados em benefício mútuo. “Consumo Colaborativo não tem nada a ver com um compartilhamento forçado e educado.
Pelo contrário, ele coloca em vigor um sistema em que as pessoas dividem recursos sem perder liberdades pessoais apreciadas e sem sacrificar seu estilo de vida.”
As recentes crises econômicas de impacto global atreladas às questões ambientais que afligem a humanidade, forçam os países, as corporações indústriais e as pessoas a buscarem novas formas de se relacionar com o desenvolvimento, entre si e com o meio ambiente. No contexto atual marcado pelo aquecimento global, crise finaceira, consumismo, pico do petróleo e disputa comercial, a preocupação com o meio ambiente assumiu posição de destaque.
Atualmente a busca por soluções ambientais é uma constante na vida de corporações, nações e pessoas uma vez que a busca por hábitos mais sustentáveis passou a ser condição de sobrevivência. O consumo colaborativo surge neste contexto como forma de viabilizar negócios de maneira mais sustentável.
Interessou-se? Então que tal conhecer e apoiar os negócios colaborativos brasileiros?
Trocas e aluguel: Descola Aí – (Divulguem, é a quantidade de participantes que fará o aplicativo mais atraente!)
Aluguel de carros: Zaz Car
Fonte das informações e leitura ecomendada: Botsman e Rogers, O que é meu é seu, 2011
FONTE: COLETIVO VERDE
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