Leia a sequencia:
Esta cena, que já comentei em Os Verdadeiros Donos do Poder, retrata o segundo escalão dando ordens e cheques para assinar à coitada da Condessa, que nada entendia de administração da sua fazenda e propriedades.
Talvez tenham sido estes os verdadeiros donos do poder da Monarquia, algo que Karl Marx não atentou.
Não era a pequena e alta burguesia que davam as cartas, e sim o segundo escalão tecnocrático e de puxa sacos.
Isto me fez lembrar da etimologia da palavra economista, que retirei do Google.
Los griegos llamaban "oikos" a la casa incluyendo todo su contenido y a su administrador "nemó". Así se formó "okomos" que designa "Administración de la Casa".
Era o Caseiro, o Administrador de Fazenda, daí o Ministério da Fazenda.
A etimologia da palavra economista deriva do latim oeconomus e esta do grego oikonomo, significando literalmente servo, mordomo ou dispensador.
Podendo ser entendida no sentido mais usual da época como o administrador de uma grande propriedade ou de uma instituição pública ou particular.
Por isto, economistas se acham perfeitamente competentes em serem administradores, porque administravam fazendas e grandes propriedades da alta burguesia.
Uma ironia, porque ainda hoje eles administram as grandes fortunas da alta burguesia via hedge funds, bancos, assets, e ajudam a especular e a maximizar a flutuação do câmbio, juros e aplicam seus recursos em dívida pública.
Por isto, eles sempre terão tanto poder de mando. Enquanto nós engenheiros, contadores e administradores que nos preocupamos com a atividade produtiva, que fabricamos roupa, comida e remédios, ficamos mendigando pela diminuição da carga tributária.
A luta de classes continua, mas não é contra pobres e ricos como muitos acreditam.
Ou seja, nada mudou em 400 anos.
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Stephen Kanitz é Administrador de Empresas, Conferencista e escritor.
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