Gastos com educação variam com o número de estudantes em idade escolar, não com a variação do PIB.
O número de estudantes depende de nossa demografia, não do tamanho do PIB.
A partir de 2020, a população brasileira estará inclusive diminuindo, portanto estaremos precisando de menos recursos e não mais. Precisamos de ensino de qualidade, isto sim.
Portanto, basta multiplicar o número de estudantes pobres pelo custo de se ter um ensino de qualidade. Daí para frente, o aumento é vegetativo e não correlacionado com o PIB dos outros.
(Por que excluíram os produtos exportados que geram riqueza e portanto por que não usar o Produto Nacional Bruto em vez do Produto Interno Bruto?)
Com o enorme aumento de eficiência da educação, graças ao ensino à distância, precisaremos possivelmente menos dinheiro por aluno ensinado, e não mais.
Computadores custam hoje um terço do que custavam há dez anos, livros didáticos eletrônicos custam hoje zero.
Teremos mais alunos assistindo ao melhor professor do Brasil, sem elevados custos de instalações.
Se tivéssemos pessoas competentes no Governo, o Brasil estaria crescendo 9% ao ano como a China, e por que então nossos gastos com educação deveriam aumentar 9% ao ano?
Por que nossos gastos de educação deveriam dobrar a cada 6 anos?
Só porque algumas pessoas famosas levantaram uma bandeira, do ar literalmente, de 10% do PIB para a educação, e não 9,76% por exemplo?
Será que nenhum dos nossos grandes jornalistas, como Caio Rossi e Joelmir Betting, não percebeu que estes 10% é redondinho demais?
Que existem mais 4 causas que merecem 10% e assim esgotar nossa arrecadação de impostos?
É por isto que o Brasil não sai do lugar. Reina um primarismo nos nossos objetivos maiores.
Estamos na mão de pessoas que não sabem lidar com números nem com contabilidade de custos nem com eficiência, e muito menos com educação.
E, que são noticiados como grandes expoentes de tudo que falam por uma imprensa que deveria pensar duas vezes antes de publicar bandeiras que beneficiam um poderoso grupo de pessoas, mas não necessariamente a qualidade da educação.
FONTE: Texto de Stephen Kanitz
Administrador, Consultor, Conferencista e Escritor
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