sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

POST 1131: CIRQUE DU SOLEIL - A HISTÓRIA


Um picadeiro de US$ 1 bilhão. Assim podemos definir o exótico CIRQUE DU SOLEIL, um legítimo ícone do mundo do entretenimento. Não se pode imaginar que debaixo de uma lona exista uma magia pura, cheia de encantamento. As cores e formas espetaculares, e apuradas performances de seus atores, bailarinos, acrobatas e trapezistas, criam uma experiência única. Assistir à um espetáculo do CIRQUE DU SOLEIL é poder contemplar performances de Charles Chaplin à Keanu Reeves em Matrix. Onde o tempo inteiro se brinca com os limites do espaço, do tempo e da gravidade. Um dança, outro voa, muda-se de época, de roupa, de cor, de som e estado de espírito. Ali tudo o que se imagina, como nos sonhos, pode acontecer.



A história
A fascinante história do CIRQUE DU SOLEIL começou em Baie-Saint-Paul, um charmoso vilarejo na costa norte do rio São Lourenço, a leste da cidade de Quebec, considerada a Meca dos pintores da região. Ali, no começo dos anos 80, esta trupe de coloridos personagens literalmente chacoalhava a cidade, dançando e se equilibrando em pernas de pau, soprando fogo e tocando músicas.



Eles eram até então o Les Échassiers de Baie-Saint-Paul (os Equilibristas de pernas-de-pau de Baie-Saint-Paul), um grupo de teatro de rua fundado por Gilles Ste-Croix. Já naquele tempo, os habitantes da cidade viviam intrigados com os jovens artistas e suas performances que incluíam o músico Guy Laliberté, filho de um alto executivo da Alcan e especialista em pirotecnia, que acabou mais tarde sendo o fundador do CIRQUE DU SOLEIL. Em 1982, eles começaram sua formação com uma trupe de artistas performáticos de rua conhecidos como “Le Club des Talons Hauts” (O clube dos Saltos Altos).


Esse mesmo grupo foi responsável pela criação do primeiro festival de apresentações de rua em 1982, o “La Fête Foraine de Baie-Saint-Paul”, percussor do CIRQUE DU SOLEIL. Artistas de várias partes da América se juntaram para representar as manifestações populares da época e transformar a pequena cidade em um imenso picadeiro, com palhaços, mágicos, malabaristas, acrobatas e músicos realizando centenas de performances nos sinais de trânsito. A partir da criação deste festival, começaram a atrair muita atenção e foi então que passaram a compartilhar da mesma louca idéia de um sonho: criar um circo em Quebec e assim levar sua trupe para viajar, se apresentando ao redor do mundo.


Em 1984 a cidade de Quebec celebrava seu 450º aniversário da descoberta do Canadá pelo explorador francês Jacques Cartier (1491-1557). Com isso, órgãos do governo precisavam de um show que pudesse abraçar todas as festividades pensadas e propostas para serem realizadas através da província. Com esse gancho, Guy Laliberté, juntamente com Daniel Gauthier, apresentou o projeto de um show chamado CIRQUE DU SOLEIL (Circo do Sol), sendo bem sucedido em convencer os organizadores e patrocinadores da festividade.

A criação estava baseada em um conceito totalmente novo: uma extraordinária mistura teatral de artes circenses e de rua, apresentada em uma embalagem de fantasias extravagantes e loucas, sob luzes mágicas e acompanhadas de uma música original. O primeiro espetáculo, batizado de “Le Grand Tour Du Cirque Du Soleil”, foi apresentado na pequena cidade de Gaspé, em Quebec, ocorreu mediante inúmeras dificuldades. Utilizando uma tenda emprestada, Laliberté teve que lidar com a insatisfação dos artistas europeus pela inexperiência do circo.

No entanto, os problemas foram resolvidos e o espetáculo foi um sucesso, apresentado em onze cidades da província de Quebec. Deste momento em diante a companhia se desenvolveu, juntaram cada vez mais artistas e o CIRQUE DU SOLEIL foi tomando forma. Com a realização da primeira turnê, eles puderam realizar as primeiras tarefas básicas para a formação de um grupo realmente sério.

Estabeleceu-se também a meta de apresentar seu show em todos os lugares possíveis. Desde então, o CIRQUE DU SOLEIL não parou mais. No ano seguinte o circo deixava sua província natal para fazer sua primeira visita aos seus vizinhos da província de Ontário. Inicialmente, realizava suas turnês somente com um show de cada vez.


Em 1987, o circo aventurou-se, pela primeira vez, a fazer uma turnê fora do Canadá. Com o espetáculo Le Cirque Reinvente (O Circo Reinventado) apresentou-se na cidade de Los Angeles na Califórnia. Depois foi a vez do continente europeu conhecer este espetáculo em 1990. A expansão internacional continuou em 1992, quando em parceria com o famoso Circo Knie, apresentou um espetáculo em mais de 60 cidades da Suíça. O sucesso da trupe no velho continente fez com que, em 1995, o CIRQUE DU SOLEIL instalasse uma sede social na cidade de Amsterdã.

O sucesso era tanto, que em 1999 já mantinha espetáculos simultâneos em quatro continentes. De 1990 a 2000, o CIRQUE DU SOLEIL expandiu rapidamente, passando de um show com 73 artistas em 1984, para mais de 3.500 empregados, em mais de 40 países, com 15 espetáculos apresentados simultaneamente e lucro anual estimado em US$ 600 milhões.

Em 2000, os numerosos fãs do cinema assistiram o CIRQUE DU SOLEIL pela primeira vez em uma tela IMAX, quando Journey of Man, distribuído pela Sony Pictures Classics, entrou em cartaz no mundo inteiro.

Foi a partir deste momento que a trupe começa a diversificar seus produtos com o lançamento da série “Solström”, inteiramente produzida pela divisão Cirque Du Soleil Images, destinadas exclusivamente aos mercados internacionais; o selo próprio de discos chamado Cirque Du Soleil Musique, com a missão de assegurar a criação, produção e venda da música atual e futura dos espetáculos da trupe, além de promover internacionalmente a carreira de artistas iniciantes; e a inauguração de um conceito único criado pelo CIRQUE DU SOLEIL para dois navios da empresa Celebrity Cruises (além de ter projetado um bar no qual são vendidas bebidas e comidas exóticas, o pessoal da trupe canadense oferece a bordo um espetáculo ambientado com paisagens marinhas, no qual atuam personagens fantásticos, como o “correspondente das ondas”, que entrega aos passageiros mensagens dentro de garrafas).


Em 2004, a consultoria britânica Interbrand classificou a marca CIRQUE DU SOLEIL como o 22º nome de maior impacto global. O sucesso tinha sido alcançado.


O CIRQUE DU SOLEIL mudou o modo como os circos eram apresentados. Ao abolir diálogos, baseando seus espetáculos na linguagem corporal, na sofisticação intelectual do teatro e do balé e na utilização de tecnologia, garantiu que qualquer pessoa do planeta pudesse entender o que se passa no palco. Mudou o foco para o público adulto (o que antes era uma diversão para crianças, se tornou uma paixão para os adultos). No quesito custo, também inovou. O moderno circo tirou de cena leões, zebras, macacos e angariou a simpatia de defensores dos direitos dos animais. Por tabela, reduziu as despesas de logística e manutenção. Ao fazer tudo isso, também reinventou o modelo de preços das entradas.

Alguns dos membros da formação original, ainda estão ativos à frente do CIRQUE DU SOLEIL, como Guy Laliberté (na época um músico contorcionista e manipulador de fogo) e hoje o Presidente Fundador. Também Gilles Ste-Croix, que ia a maioria dos lugares andando em pernas de pau naqueles dias e hoje atua como o Diretor de Criação. E também Guy Caron, que trabalhava como ator, e agora dirige algumas produções da trupe.

Com a fortuna arrecadada, as condições das turnês foram melhorando. Os artistas hoje são acompanhados por terapeutas especializados, massagistas e até professores, encarregados da educação dos menores.



A linha do tempo
1986
LA MAGIC CONTINUE (A Magia Continua), o segundo espetáculo do grupo estreou no Canadá. O interesse do público aumenta e o tamanho da lona também, agora com capacidade para 1.500 espectadores.


1987
LE CIRQUE REINVENTÉ (O Circo Reinventado), após um sucesso triunfal em 5 cidades da província de Quebec, é apresentado na Califórnia, primeira apresentação internacional da trupe.


1990
NOUVELLE EXPÉRIENCE (Nova Experiência), que inaugurou a nova tenda do circo com 2.500 lugares. Com este espetáculo o CIRQUE DU SOLEIL batia recordes de venda de ingressos até então.


1992
SALTIMBANCO, seu mais famoso espetáculo que já arrastou mais de 9.3 milhões de espectadores em 19 países desde sua estréia. Na terminologia do espetáculo, Saltimbanco é um espetáculo de celebração ao próprio artista urbano e sua paixão pelo mundo do espetáculo. Com a premissa de “celebrar a vida”, o espetáculo incluía números em trapézio, corda e piruetas aéreas (atuavam somente um palhaço e um equilibrista). Uma grande rede metálica no alto da tenda, através da qual a luz dos refletores era alterada, recriava a atmosfera de um bosque iluminado por raios de sol. A música incorporava ritmos tribais, clássicos e modernos. O espetáculo esteve no Brasil em dezembro de 2006.
FASCINATION (Fascinação), uma colagem dos melhores números dos espetáculos anteriores, que permitiu ao circo começar a ser conhecido no Japão.


1993
MYSTÈRE (Mistério), espetáculo gigantesco que inaugurou o primeiro teatro permanente do CIRQUE DU SOLEIL na cidade de Las Vegas. Definido como uma “experiência sensorial acolhedora”, alterna números de acrobacia e dança durante 90 minutos. Trabalham 72 artistas, entre os quais ginastas, palhaços e músicos.


1994
ALEGRIA, espetáculo itinerante criado para comemorar seu décimo aniversário, estreou na cidade de Montreal no Canadá, onde velhos se tornam jovens e reis viram palhaços, celebrando a magia e a beleza de um mundo virado de cabeça pra baixo. De estilo “barroco e operístico”, a tônica está nos números de acrobacia. Vários trapezistas sincronizam seus saltos ao ritmo da música, que incluiu a bossa-nova de João Gilberto dançada pelos clowns, os palhaços melancólicos. Também há contorcionistas e apresentações típicas de artistas de rua.


1996
QUINDAM, um espetáculo itinerante que narra a vida de uma criança que não tem a atenção dos pais refugiando-se em um mundo imaginário, sendo inspirado na idéia de “transformar um mundo anônimo em outro de esperança e convívio”. Quidam significa, em latim, “transeunte solitário, pessoa perdida na multidão”. Uma alça, presa a 40 metros do solo, é utilizada para produzir efeitos especiais e levar os artistas à cena. Acrobatas, um trio de palhaços e contorcionistas são os principais protagonistas do espetáculo.


1998
LA NOUBA, estreou em 14 de dezembro, abrindo seu teatro permanente no centro da Disney Downtown West Side, propriedade de Walt Disney World Resort na cidade de Orlando. O espetáculo é uma jornada inesquecível por nosso universo. O espírito desse espetáculo está condensado no título, que vem de uma frase em francês “faire la nouba”: sair de passeio, ir à festa. Sugere um mundo místico, em que os números dos “Cirques” (gente do circo) se contrapõem aos dos “Urbains” (gente da cidade).

O (nome que brinca com a sonoridade da palavra “água” em francês), primeiro espetáculo aquático do CIRQUE DU SOLEIL que estreou no Bellagio Hotel em Las Vegas. O cenário é uma imensa piscina de 5 metros de profundidade, na qual se alternam números aquáticos e de acrobacia. Os artistas são, sem exceção, nadadores vindos das piscinas de todas as partes do mundo. O espetáculo é apresentado dentro, fora e por sobre a água, misturando atos de dança, nado sincronizado, saltos espetaculares, fogo, palhaços, bailarinas e performistas.

1999
DRALION (fusão em inglês das palavras dragão e leão), um espetáculo que mescla a tradição do teatro chinês com a vanguarda das correntes artísticas ocidentais em seus números de acrobacia, malabarismo, dança e música. A música funde melodias hindus com ritmos andaluzes, africanos e centro-europeus. As cores do vestuário são uma alusão aos quatro elementos da natureza: azul/ar, verde/água, vermelho/fogo e ocre/terra.


2002
VAREKAI, 14° espetáculo do grupo CIRQUE DU SOLEIL que estreou na cidade de Montreal. Um mundo extraordinário, cenário das aventuras de um jovem numa floresta povoada por criaturas fantásticas, prestando um tributo ao espírito nômade, essência da tradição circense. Sobre um vulcão escondido na selva há um mundo extraordinário – Varekai (que em língua cigana significa “em qualquer parte”) –, onde tudo é possível. Do “céu” desce um homem que inicia sua peregrinação por uma terra mágica, povoada de personagens sobrenaturais que voam e dão saltos mortais. A música combina sons havaianos com melodias de trovadores do século XI, cantos armênios e arranjos contemporâneos.

2003
ZUMANITY, Another Side of Cirque Du Soleil, espetáculo provocativo e sexy para adultos apresentado no New York-New York Hotel & Casino em Las Vegas. O espetáculo é composto por uma série de números inspirados no cabaré. Como as leis do Estado de Nevada proíbem o nu total, os figurinistas apelaram para próteses que simulam e exageram partes do corpo dos artistas.


2004
(fogo em japonês), o mais vistoso espetáculo já produzido pela trupe, que estreou no MGM Grand Hotel & Casino, luxuoso complexo de entretenimento situado em Las Vegas. Um espetáculo épico, em que os números de acrobacia e malabarismo imitam movimentos característicos das artes marciais. Há marionetes, capoeiristas, fogos artificiais e projeção de imagens. A produção custou US$ 165 milhões, número maior que o total gasto em todos os shows que estrearam na Broadway naquele ano.
2005
CORTEO, espetáculo itinerante que estreou com grande sucesso. Esse espetáculo, cujo nome significa “cortejo” em espanhol, é o mais teatral dos shows porque tem um fio condutor: a história de um palhaço que recorda sua vida e imagina seu funeral. Além dos típicos números aéreos e de acrobacia, inclui cenas de atuação, com breves diálogos em italiano. O vestuário e a cenografia apresentam tonalidade romântica: grandes candelabros e a predominância de branco, ocre e azul.


2006
LOVE, espetáculo que traz a magia do espírito do CIRQUE DU SOLEIL misturada à paixão pelos Beatles. As canções foram remixadas e remasterizadas pelo produtor George Martin, conhecido como o quinto Beatle. Orçado em US$ 140 milhões, o espetáculo fixo é apresentado no Mirage Casino em Las Vegas. Além disso, a equipe do CIRQUE DU SOLEIL criou um Lounge espetacular. Com design e atmosfera revolucionários, o local proporciona experiências interativas e avançadas que criam um ambiente sensorial psicodélico e apresentam uma interpretação contemporânea da época dos Beatles. Cada noite é uma jornada revolucionária, na qual a música e a parte interior do lounge se transformam, resultando em uma aventura noturna eclética no hotel antes ou depois do espetáculo.


DELIRIUM, espetáculo que estreou em Las Vegas como o primeiro a ser apresentado em arenas e a mostrar músicos e cantores no palco principal, uma novidade com relação a sua costumeira atenção nos acrobatas. Sua última apresentação foi em 19 de abril de 2008 na cidade de Londres.


2007
KOOZA, espetáculo itinerante que conta a história de The Innocent (O Inocente), um solitário melancólico na busca do seu lugar no mundo. Entre a força e a fragilidade, risos e sorrisos, agitação e harmonia, esse espetáculo explora temas sobre o medo, a identidade, reconhecimento e energia. O programa está definido num mundo visual eletrificante e exótico, cheio de surpresas, emoções, calafrios, audácia e total envolvimento. É um retorno às origens do CIRQUE DU SOLEIL ao combinar duas tradições circenses: performances acrobáticas e números com palhaços.


WINTUK, espetáculo sazonal que estreou no dia 1º de novembro em Nova York. Encenado no Wamu Theater, na Madison Square Garden, conta a história de um garoto que, ao se deparar com o inverno sem neve de sua cidade, sai para uma aventura em busca do gelo. No caminho até seu destino final, o mundo imaginário de Wintuk, faz muitos amigos. A produção será apresentada por dez semanas na cidade, a cada inverno, nos próximos quatro anos.


2008
ZAIA, um espetáculo permanente na Ásia, apostando num novo perfil de turistas que chegam à ex-colônia portuguesa de Macau: de mero jogador a visitante interessado pelos espetáculos, as compras ou o patrimônio histórico do território. O espetáculo, que estreou oficialmente no dia 28 de agosto (embora sua primeira apresentação tivesse acontecido no dia 16 de julho), está em cartaz no The Venetian, complexo que reúne cassino, hotéis de luxo ligados por ruas pontuadas por lojas de grifes, salas de convenções e um centro de esportes.

O primeiro espetáculo permanente do CIRQUE DU SOLEIL na Ásia traduz o sonho de uma jovem que viaja ao espaço, usando a combinação de palavras gregas “vida” e “mãe-terra”, reunindo artistas de mais de 20 nacionalidades diferentes, sendo 20% chineses, além de argentinos, brasileiros e canadenses. Na viagem, ela encontra a beleza da humanidade e a traz consigo para compartilhar com os habitantes da terra, colocando em evidência a dança, os movimentos e a acrobacia aérea, permitindo que a beleza humana preencha todos os espaços.



CRISS ANGEL BELIEVE, espetáculo fixo (apresentado no Luxor Resort & Casino em Las Vegas), realizado em parceria com o ilusionista Criss Angel que estreou oficialmente no dia 12 de setembro. Pela primeira vez na história do tradicional circo todos os recursos de produção de um espetáculo do grupo foram utilizados em favor de um único artista. O show é inspirado no mágico Houdini, um dos mais famosos que os americanos já conheceram.


ZED, espetáculo fixo da trupe canadense que estreou no dia 1º de outubro em um teatro com capacidade 2.170 lugares, finalizado ao custo médio de US$ 132 milhões e cujo interior simula um astrolábio gigante, relembrando a época do Renascimento e o mundo de Leonardo da Vinci, localizado na Disneylândia de Tóquio. Para conseguir sua aparência externa de um picadeiro, a fachada do teatro conta com linhas verticais que combinam grandes vidraças com paredes de ferro de cor branca, projeto realizado em Montreal e inspirado na arquitetura japonesa.

O espetáculo é baseado no personagem Zed, um bobo da corte que vive no mundo das cartas de tarô, combinando artes circenses com luz, música e movimentos corporais, apresentado por 70 artistas e acrobatas procedentes de países como Rússia, Espanha, China, Colômbia, Argentina e Brasil. Um grande efeito de luzes, cores e sons dá vida a esta obra, que o CIRQUE DU SOLEIL define como uma viagem por dois universos opostos, o céu e a terra, mas que vivem em harmonia. É um mundo imaginário pelo qual viaja Zed, um personagem que se aventura em uma viagem de iniciação, acompanhado por músicas do Mediterrâneo, do Cáucaso e da Irlanda.


2009
OVO, espetáculo itinerante que estreou com ensaios abertos no dia 23 de abril na cidade de Toronto, fazendo sua estréia oficial no dia 8 de maio. O espetáculo conta a história de amor entre uma joaninha e um estranho inseto, tendo como tema “The teeming world of insects” (O mágico mundo dos insetos). Para os brasileiros, OVO tem um sabor especial. Afinal, três brasileiros são figuras-chave do espetáculo. A coreógrafa Débora Colker escreveu, dirigiu e coreografou. O designer e cenógrafo Gringo Cardia criou os cenários. E o músico e produtor Berna Ceppas fez a trilha sonora deste que é o 25º espetáculo da história do circo.


BANANA SHPEEL, uma montanha russa de estilos, cheia de surpresas e inspirada no vaudeville, que mistura comédia com sapateado, hip hop, dança exótica e cenas do tipo pastelão. Conectado por uma narrativa hilária que dá início a uma sucessão de aventuras malucas, não é circo, nem um musical, nem um espetáculo de variedades, nem mesmo vaudeville. É Banana Shpeel! O espetáculo, depois de sua temporada de estréia na cidade de Chicago, está permanentemente alocado no The Beacon Theatre em Nova Iorque.
LES CHEMINS INVISIBLES, espetáculo criado para apresentações gratuitas durante o verão na cidade de Quebec por um período de cinco anos. O espetáculo, apresentado nas ruas da cidade, conta a história de três tribos separadas por culturas distintas que se encontram para trocar experiências.

2010
TOTEM, espetáculo que traça a fascinante jornada da espécie humana desde o estado anfíbio original até seu incessante desejo de voar. Os personagens se desenvolvem em um palco que evoca uma tartaruga gigante, que, para muitas das civilizações antigas, é símbolo da origem. Inspirado em antigos mitos, TOTEM ilustra, por meio de uma linguagem visual e acrobática, o progresso evolutivo das espécies.


VIVA ELVIS, espetáculo que homenageia a vida e a música de Elvis Presley com uma mistura de dança e acrobacia, música ao vivo e gravações lendárias do “Rei do Rock”. Na imagem do próprio Elvis - poderoso, sensual, ousado e eterno - o novo espetáculo trás para o palco a vida e a música de um ícone americano que mudou para sempre a cara do rock ‘n’ roll. O espetáculo estreou oficialmente no dia 19 de fevereiro e está permanentemente instalado no Resort & Casino at CityCenter na cidade de Las Vegas.

Além disso, ao lado da sala onde é exibido o espetáculo a equipe do CIRQUE DU SOLEIL criou o GOLD LOUNGE (nome inspirado na cor predominante da casa de Elvis e em sua vida), um incrível e elegante ambiente preparado com um toque de glamour. Excelente alternativa para a vibração pulsante de uma casa noturna deslumbrante, o ambiente permite que os convidados saboreiem coquetéis e desfrutem de um cenário artístico atraente.

2011
IRIS, A Journey Through the World Of Cinema, novíssima produção criada exclusivamente para o Kodak Theatre, em Los Angeles. Dirigida pelo diretor-coreógrafo francês Philippe Decouflé e apresentando uma partitura do compositor ganhador do prêmio Grammy Award, Danny Elfman, o espetáculo permanente reúne dança, acrobacias, vídeo ao vivo, seqüências de cenas filmadas e desenhos animados que conduzem os expectadores a uma viagem através da história do cinema e seus gêneros.


Michael Jackson THE IMMORTAL World Tour, espetáculo itinerante com canções do Rei do Pop, que a partir de 2 de outubro percorrerá um total de 46 cidades dos Estados Unidos e Canadá. O novo espetáculo não é apenas uma homenagem ao gênio musical, mas uma experiência ao vivo que utiliza a tecnologia mais avançada para levar ao limite as fronteiras da criatividade, como Michael sempre fez. Os representantes do CIRQUE DU SOLEIL e do espólio de Michael Jackson são donos, cada um, de 50% do projeto.


2012
ZARKANA, será o primeiro espetáculo novo do CIRQUE DU SOLEIL na Rússia e o mais caro show não permanente que a empresa criou até hoje. O espetáculo altamente acrobático consumirá US$ 57 milhões. O novo espetáculo vai estrear no Kremlin Palace em fevereiro de 2012, ficando em cartaz por nove semanas.


A grande tenda
O Grand Chapiteau (em português “A Grande Tenda”) é um dos maiores símbolos do CIRQUE DU SOLEIL. A tenda listrada de azul e amarelo é sempre usada em todos os espetáculos itinerantes da companhia. Criada por técnicos e desenhistas, foi a única maneira encontrada pelo CIRQUE DU SOLEIL para sediar seus espetáculos com a infra-estrutura necessária. Coube à Voileries du Sud-Ouest, na França, uma das mais reconhecidas empresas do mundo nesse segmento, construí-las. É o lugar onde estão alocados o palco principal e as áreas de apresentação.

Em geral têm diâmetro de 50.5 metros e 220 m², sendo apoiada por quatro mastros, que medem 25 metros cada um, comportando em média 2.600 espectadores e exigindo o trabalho de 70 pessoas, incluindo os “mestres de tenda”, treinados exclusivamente para realizar a tarefa monumental de levantá-la. Erguê-la é uma operação tão complexa, geralmente leva oito dias, que a primeira vez que foi montada desmoronou. Ninguém sabia como fazer e acabou caindo, pois chovia muito e a água formou uma enorme poça fazendo com que a tenda desmoronasse.

Uma tradição do CIRQUE DU SOLEIL é dar um nome para cada Grand Chapiteau. Todas elas têm um nome. Quando uma nova tenda é inaugurada, é dado um nome único a ela. Existe um pequeno grupo no CIRQUE DU SOLEIL que se reúne para garantir que as tendas sempre sejam nomeadas e este nome não é necessariamente divulgado. Para uma turnê internacional, são utilizados normalmente 61 contêineres para transportar 850 toneladas de equipamentos.


A sede
A sede social internacional do CIRQUE DU SOLEIL foi inaugurada em 1997 e está localizada a apenas 30 minutos do centro da cidade de Montreal, no bairro de Saint-Michel. O edifício-sede ocupa 75 mil metros quadrados, 32 mil deles de superfície coberta, e sua construção demandou investimentos de aproximadamente US$ 50 milhões. A enorme sede abriga o STUDIO, composto por três salas de treinamento acrobático e duas salas de treinamento artístico.

Além disso, existem os ateliês encarregados da confecção de vestuário e da cenografia, funções que nunca foram delegadas a terceiros. Aproximadamente 400 funcionários produzem tudo o que será usado no picadeiro: de roupas e sapatos, a perucas e adereços de cabeça. O controle de qualidade é feito em todo o processo, desde a cor dos tecidos usados, cerca de 80% deles são tingidos pela própria empresa, para que nunca falte matéria-prima para as fantasias, aos ajustes finais no corpo de cada artista.
O guarda-roupa do CIRQUE DU SOLEIL ostenta números impressionantes: em um ano são produzidas mais de 20.000 peças; e desde 1998, a equipe de confecção de calçados fez ou adaptou mais de 6.000 pares de sapatos. Há ainda uma academia na qual os artistas mantêm um ritmo próprio de exercícios. Como a maioria deles já tem um histórico nos esportes, cada indivíduo cria a sua rotina na academia, mas quatro fisioterapeutas e dois instrutores de pilates estão sempre à disposição.


Das mesas de quem desempenha o trabalho mais burocrático é possível acompanhar o artista que treina a exaustão um único número, durante todo o dia. Estúdios e escritórios estão lado a lado, separados apenas por enormes janelas, e a integração entre quem, em breve, estará nos palcos e os que nunca passarão perto deles é estimulada em diversos espaços de convivência espalhados pelos três prédios do complexo.

Se, mesmo assim, alguém ainda se esquecer, por um momento, que trabalha para um circo, um pipoqueiro que percorre os corredores da sede periodicamente faz com que ele se lembre de que, nesse lugar, também é preciso se divertir. A sede representa um laboratório multiétnico de criatividade, onde as melhores mentes criativas, artesãos, especialistas em diversas áreas e artistas entre os melhores do mundo podem colaborar em projetos de criação.


Um circo diferente
O CIRQUE DU SOLEIL tem sido descrito como um “circo moderno” cheio de histórias e performances estonteantes. Enfatizando o não uso de animais, é todo baseado em atuações de artistas de várias nacionalidades. Os números sofrem influência do teatro mambembe, do próprio mundo circense, da ópera, do balé e até mesmo do rock. Há contorcionismo, malabarismo, palhaços e trapezistas, todos com roupas coloridas e maquiagens elaboradas. Sempre apresentando um ar medieval e barroco, com muito cuidado em todos os elementos de formação do espetáculo. Todos os shows fazem uso de música ao vivo e a língua falada durante o espetáculo é o “Cirquish”, um dialeto imaginário criado pela companhia. Uma das grandes características do CIRQUE DU SOLEIL foi ter transformado o mundo do circo. Tornar atual algo já tão antigo e internalizado na memória de todos.


Eventos especiais
Com o passar dos anos, o CIRQUE DU SOLEIL redefiniu os limites das artes circenses e do entretenimento ao vivo. A organização ampliou suas atividades no que diz respeito à concepção, ao desenvolvimento e à produção de experiências verdadeiramente únicas, criando eventos elegantes e de grande prestígio para uma clientela exclusiva, como a Família Real de Dubai. Desde reuniões particulares íntimas a grandes produções corporativas, passando por apresentações públicas internas e externas, a equipe de eventos do CIRQUE DU SOLEIL se dedica a desenvolver um conteúdo original.

Procurando sempre inovar na exploração de novas orientações artísticas, o circo canadense em estreita colaboração com cada cliente para garantir que seus objetivos específicos tenham sempre prioridade em todo o processo de criação. Performance artística única ou soluções completas para eventos, o CIRQUE DU SOLEIL se adapta às exigências de cada cliente. Essa colaboração aprimora a experiência de forma geral, fornece divertimento de classe internacional e transforma cada evento concebido para um só cliente em uma experiência única e inesquecível.

 

O logotipo e o nome
Quando chegou a hora de escolher um nome para sua trupe itinerante de acrobatas, Guy Laliberté pensou no nome Cirque du Soleil (literalmente, “Circo do Sol”) ao presenciar um estonteante pôr-do-sol no Havaí. Ao voltar, ele pesquisou o significado da palavra sol em um dicionário de símbolos e encontrou relações entre a palavra “juventude”, “energia” e “dinamismo”, palavras que definem perfeitamente a trupe. Já o logotipo do CIRQUE DU SOLEIL foi criado por Josée Bélanger e baseia-se na carta de tarô que representa o sol. O sol é um importante símbolo para a marca porque representa a juventude, a energia e o dinamismo. O logotipo evoluiu ligeiramente de 1984 para o de hoje, mas o simbolismo e a imagem das cartas de tarô foram preservados.


Os pôsteres
Uma das grandes formas de divulgação dos espetáculos do CIRQUE DU SOLEIL são os tradicionais e impecáveis pôsteres, traduções artísticas de cada apresentação criada pela companhia.




Dados corporativos
● Origem: Canadá
● Fundação:
1984
● Fundador:
Guy Laliberté e Daniel Gauthier
● Sede mundial:
Montreal, Quebec, Canadá
● Proprietário da marca:
Cirque du Soleil Inc.
● Capital aberto: Não
● Chairman & CEO:
Guy Laliberté
● Presidente:
Daniel Lamarre
● Diretor de criação:
Gilles Ste-Croix
● Faturamento: US$ 1 bilhão (estimado)
● Lucro: Não divulgado
● Espetáculos criados: 30
● Presença global:
90 países
● Funcionários:
5.020
● Segmento: Entretenimento
● Principais produtos: Espetáculos e souvenires (CDs, DVDs, canecas, pôsteres, roupas, entre outros produtos)
● Ícones:
A grande tenda (Grand Chapiteau) e o espetáculo Saltimbanco
● Website:
www.cirquedusoleil.com


A marca no mundo
Negrito
Mais de 350 apresentações por 271 cidades do mundo, 30 espetáculos criados e um público estimado em mais de 100 milhões de pessoas. Isso é o CIRQUE DU SOLEIL. Atualmente 22 diferentes espetáculos que giram o mundo (doze espetáculos itinerantes e outros dez encenados em lugares fixos como Las Vegas, Orlando, Los Angeles, Macau, Nova York e Tóquio). Os souvenires (CDs, DVDs, canecas, pôsteres, roupas, entre outros itens) garantem 20% dos ganhos do CIRQUE DU SOLEIL.

A parte financeira também impressiona: seus ganhos estão estimados em US$ 1 bilhão, as vendas anuais de ingressos ultrapassaram US$ 450 milhões, e mais de 40 milhões de pessoas ao redor do mundo já assistiram à pelo menos um de seus espetáculos. Além disso, os produtos licenciados (que podem variar de US$ 3 a US$ 5.000) são outra fonte extremamente importante de faturamento do famoso circo.

Em 1984, apenas 73 pessoas trabalharam para o começo do CIRQUE DU SOLEIL. Cirque Du Soleil Images é a divisão responsável por criar produtos inovadores para televisão, vídeo e DVD e sua distribuição mundial. Enquanto a Cirque du Soleil Musique cuida da venda de CDs com as trilhas sonoras dos espetáculos. Hoje, a organização tem mais de 5.000 funcionários (53 brasileiros participam de espetáculos da companhia, e outros 179 estão na lista dos “potenciais convocados”), dentre eles mil artistas, dos quais um quinto proveniente da Rússia. A média de idade dos trabalhadores contratados é de 34 anos. Entre eles se encontram mais de 40 nacionalidades que falam 25 línguas diferentes.

Hoje, o circo tem um banco de dados com mais de 45 mil artistas cadastrados. Entre eles, estão pessoas que participaram de audições realizadas em diferentes países, ginastas que atraíram a atenção de olheiros em campeonatos, e até quem enviou vídeos mostrando suas habilidades para a companhia. A trupe canadense já passou pelo Brasil três vezes, com os espetáculos Saltambanco, Alegria e Quidam.


Você sabia?
● Aproximadamente 1% da renda anual da companhia financia projetos sociais como o Cirque Du Monde no Brasil, que canaliza o enorme potencial de jovens e crianças carentes usando workshops de introdução às artes circenses para promover sua reintegração social.

● Cada artista do CIRQUE DU SOLEIL aprende a fazer sua própria maquiagem. Mesmo os mais avançados na técnica podem levar de uma a duas horas para se maquiar antes do espetáculo. Para aprender, são necessárias, no mínimo, seis aulas de duas horas de duração. O controle de qualidade é garantido por um passo a passo fotográfico.

● A trupe do circo CIRQUE DU SOLEIL é hoje membro da Calçada da Fama do Canadá.


As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Isto é Dinheiro, Newsweek, BusinessWeek e Time), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel e Interbrand), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).

Última atualização em 20/4/2011

2 Comentários:

Anônimo disse...

qual e´o nome do espetáculo transformado em agua

DARLEI SIMIONI disse...

O NOME DO ESPETÁCULO É:

● LA NOUBA, estreou em 14 de dezembro, abrindo seu teatro permanente no centro da Disney Downtown West Side, propriedade de Walt Disney World Resort na cidade de Orlando. O espetáculo é uma jornada inesquecível por nosso universo. O espírito desse espetáculo está condensado no título, que vem de uma frase em francês “faire la nouba”: sair de passeio, ir à festa. Sugere um mundo místico, em que os números dos “Cirques” (gente do circo) se contrapõem aos dos “Urbains” (gente da cidade).

● O (nome que brinca com a sonoridade da palavra “água” em francês), primeiro espetáculo aquático do CIRQUE DU SOLEIL que estreou no Bellagio Hotel em Las Vegas. O cenário é uma imensa piscina de 5 metros de profundidade, na qual se alternam números aquáticos e de acrobacia. Os artistas são, sem exceção, nadadores vindos das piscinas de todas as partes do mundo. O espetáculo é apresentado dentro, fora e por sobre a água, misturando atos de dança, nado sincronizado, saltos espetaculares, fogo, palhaços, bailarinas e performistas.

No texto você verá essa descrição no ano de 1998.

Obrigado pelo comentário! E não tenha receio de se identificar. Estamos aqui para ajudar no desenvolvimento de cada leitor.

Abraço.

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