São Paulo – Quando Steve Jobs convidou o jornalista Walter Isaacson para escrever sua biografia,
lhe deu carta branca para abordar temas delicados e conversar com quem
quisesse. Não é o caso de O X da
Questão, que conta a história de Eike Batista. Lançado nesta
semana, a obra foi escrita pelo seu assessor especial e amigo
Roberto D’Ávila.
Sim, é claro que esta é uma versão mais do que autorizada da vida de
Eike – ao contrário de Steve Jobs, que não foi poupado por Isaacson. Mas
ninguém vira o oitavo homem mais rico do mundo do nada. É possível encontrar
boas lições para homens de negócios na obra.
Veja, a seguir, algumas delas:
O mundo precisa ser conquistado
“Minha mãe enxergava no mundo um lugar muito bom de viver, mas palco
também de uma prova de resistência que precisava ser vencida com tenacidade
ferrenha e obstinação que jamais fariam desistir ao primeiro obstáculo.”
Você acredita em você?
Um empreendedor é alguém que acredita na própria capacidade de realizar,
pensa e repensa as etapas do seu projeto e dá vida a ele. Enxerga o que ninguém
mais enxergou. Executa com eficiência. Isto vale para qualquer negócio. Seja
qual for a dimensão. Antes de tudo, acredite em você.
Diga sim, quando todos dizem não
Aceitar o risco é um dom? Possivelmente, sim. Sempre estive preparado
para dizer sim na minha vida. As pessoas costumam afirmar que é muito
importante saber dizer não. É verdade. Eu já disse alguns. Mas talvez um dos
segredos na minha trajetória empresarial seja a prevalência do sim.
Aprenda a aguentar a pressão
Alguém que se desespera em situação de crise, ou não tem a frieza
necessária para enfrentar um obstáculo inesperado, deixará se vencer pelo
estresse. (...) O estresse separa os homens dos meninos, os verdadeiros
empreendedores dos que jamais montariam um negócio por sua própria conta e
risco.
Arrisque, mas com os pés no chão
Arriscar não é partir para um voo cego. É ter coragem para enfrentar
obstáculos que certamente surgirão. Com previsibilidade e planejamento, o risco
se torna oportunidade.
Empresa precisa ter dono – e, às vezes,
você estará sozinho
Um líder empresarial não deve delegar certas decisões. Algumas serão
sempre solitárias. Muitas vezes é preciso deixar o coração em casa antes de
tomar uma resolução. (...) No meu íntimo, eu me convenci então de que uma
empresa precisa ter dono. O princípio de ser dono de um negócio é manter sempre
vivo o alinhamento com seus parceiros e com o mercado.
Uma empresa precisa ter dono também para não correr o risco de se ver espremida entre forças antagônicas. Os caminhos, possibilidades e propostas que se apresentam no dia a dia de uma corporação são muitos. Quando existe a figura do controlador não há espaço para indecisão. Para o bem ou para o mal, ele decide.
Compartilhe seus sonhos com sócios
estratégicos
Uma coisa ficou clara desde cedo: o espírito aventureiro precisava estar
associado à pesquisa e ao compartilhamento de risco. (...) Aprendi a me
associar. Tinha compreendido então os benefícios da presença de um sócio
estratégico. Eu era desapegado o suficiente para abrir mão de parte dos meus
negócios para vê-los gerar mais riqueza.
O corpo fala
“Um líder adquire o dom de ler o pensamento do interlocutor na expressão
de seu rosto, numa sobrancelha franzida, num pigarro, num meneio de cabeça, num
coçar de orelha. As pessoas têm muito a dizer com pequenos gestos e
maneirismos. Enquanto expõe uma ideia,
observe seu ouvinte.”
Seja humilde
e aprenda a ouvir
A humildade é outro aspecto importante e correlato à capacidade de
ouvir. Se você acha que só o que está na sua cabeça é válido, não terá
interesse no que o outro tem a propor. Muitas das minhas ideias foram
aprimoradas depois de conversas informais ou sugestões de especialistas e
amigos (...). Quem ouve recebe ideias valiosas. Quem fala e não ouve apenas
despeja suas verdades nas pessoas e a troca não acontece.
Cuide de todos os aspectos do projeto
Acredito que o empreendedor deve perseguir uma visão multidisciplinar,
que proporcione clareza em relação a todos os procedimentos. Visão 360 graus é
observar o entorno jurídico, político, financeiro, ambiental, social, humano,
logístico, mercadológico e operacional.
Não deixe espaço para “puxadinhos”
Sou fanático por conceitos eficientes. Detesto “puxadinho”. Não me contento
com nada que se defina como “mais ou menos”. Vivo para a excelência. É o que
tenho em mente, quando vislumbro o futuro de minhas empresas e do Brasil.
O capital é de uma covardia descomunal
O capital é covarde. Esta é uma verdade no mundo dos negócios. O capital
é de uma covardia descomunal e tem o poder de paralisar o capitalista quando
ele se esconde atrás do próprio patrimônio. O medo é o grande inimigo do
empreendedor, e o limite entre o medo e a paralisia é tênue.
Saiba quando parar
O tempo certo em cada negócio, aquilo que as pessoas chamam de “timing”,
foi outro trunfo em meus empreendimentos. Mesmo nos casos de insucesso, fui
feliz ao reconhecer o momento certo de parar. Eu me refiro ao que as pessoas
qualificam como stop loss no mundo das finanças. Stop loss quer dizer
interromper as perdas. Ou, em português mais claro, aceitar uma derrota.
Prepare-se: um dia, você vai errar
Não pense que é infalível ou que um negócio só vai dar certo de tudo for
feito com a mais absoluta perfeição. Isso é utopia. (...) Não há perfeição num
negócio. Faça, refaça, corrija e avance. A única coisa certa no mundo dos
negócios é que você vai errar. Se tiver humildade para reconhecer esta verdade,
terá meio caminho andado para aprimorar suas práticas como empreendedor.
Nunca terceirize os erros
É muito importante quando o empreendedor se assume como o responsável
por um fracasso. Se há uma equipe, e se essa equipe conta com um líder, o
fracasso é sempre responsabilidade dele. Nunca terceirize os erros. Não aponte
o dedo nem jogue a responsabilidade sobre terceiros. O outro não é a melhor
desculpa para um fracasso. O reconhecimento do erro engrandece o empreendedor.
Costumo dizer o seguinte: feliz de mim que cometi erros.
FONTE: EXAME
2 Comentários:
Muito lúcida as idéias do executivo e bilionário brasileiro. No entanto, aprendí também que não há sucesso sem a trilogia: Recursos Financeiros, Recursos Humanos e Recuros Materiais. - Se tentar-se desenvolver um prjeto alvissareiro sem um destes requisitos, certamente não haverá o 1º passo. Digo ainda: Reunir com eficiência estes 3 Recursos é um desafio! E mais sem desafio não há conquistas!
Boa tarde !!!
Existe uma rede chamada DREABE - Que tem o objetivo de ajudar as pessoas a realizar sonhos.
Acredito que quem gosta de historias como a do Eike. Pode gostar das que tem na rede.
Grande abraço.
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