domingo, 25 de novembro de 2012

POST 1869: MANTENHA A SANIDADE MENTAL (E FINANCEIRA) NESTE FINAL DE ANO. Por André Massaro

Os finais de ano costumam ser épocas extremamente estressantes do ponto de vista financeiro (às vezes de outros pontos de vista também). Especialistas em finanças pessoais costumam ser bastante requisitados nessa época, especialmente pela mídia, que busca dicas de como utilizar melhor o 13º salário, como otimizar os gastos com presentes e festas e como planejar as férias que já deviam estar planejadas meses atrás…
Vamos, então, ver um apanhado dos assuntos financeiros que tipicamente tiram o sono das pessoas nessa época do ano e o que se pode fazer para sobreviver e manter um mínimo de sanidade para começar o novo ano da melhor forma possível.
13º salário
Aqui não há muito o que discutir. Quem tem dívidas, deve utilizá-lo para pagar essas dívidas. Num país onde alguns instrumentos de crédito têm taxas de juros superiores a 200% ao ano, não se deve “marcar bobeira” de jeito nenhum.
Quem não tem dívidas pode se dar ao luxo de direcionar essa verba para o consumo, mas ainda assim é interessante pensar em investir.
Presentes
O ideal é sempre comprar os presentes de final de ano ANTES do final do ano. Naturalmente, pouquíssimas pessoas fazem isso; afinal, somos o povo que sempre deixa tudo para a última hora…
Aqui vale a velha e boa lei da oferta e da demanda. Com a demanda alta, não espere dos comerciantes boa vontade para facilitar a vida dos compradores. As margens de negociação ficam bem reduzidas em situações assim. Por isso, deve-se pensar em outras formas de economizar aqui, como fazer uso intensivo da internet para comparar preços ou apelar para o tradicional “amigo secreto”, para evitar comprar presentes para cada parente individualmente.
Se a situação estiver meio apertada, não tenha o menor pudor em não dar presentes, especialmente para aquelas pessoas que, de alguma forma, não estão merecendo desfrutar do seu “espírito natalino”. Isso vai doer na hora mas, acredite, você se sentirá muito mais leve depois…
Férias
Mais uma vez, a lei da oferta e da demanda é implacável aqui. É o pior momento possível para fazer planos de férias. Se você não planejou suas férias ainda, o ideal é que você simplesmente não faça nada.
Se for absolutamente necessário viajar, defina bem o objetivo da viagem (não gaste uma fortuna no hotel mais caro se tudo o que você precisa é apenas um lugar para dormir e tomar banho), faça um orçamento e evite ao máximo financiar a viagem, pois no futuro você estará pagando por algo que será apenas um conjunto de lembranças em sua memória.
Impostos
“Nada é certeza, exceto a morte e os impostos”, já dizia Benjamin Franklin. Não se esqueça de colocar essa “inevitabilidade” em seu planejamento financeiro. O Big Brother está de olho em você (e NÃO estou falando de um programa de televisão)…
Feliz ano novo?
Um final de ano que se preze precisa ter planos e promessas (que provavelmente não serão cumpridos). Uma das promessas mais populares (talvez só perca para a dieta) é “este ano colocarei minhas contas em ordem”.
As pessoas sempre perguntam “como começar o ano com as contas em ordem?” Essa é fácil de responder: “basta terminar o ano com as contas em ordem” (eu sei, não era a resposta que você esperava…).
Se suas contas estão bagunçadas agora, provavelmente não há muito o que fazer para começar o ano com as contas em ordem (vamos ser realistas), mas pense agora em como será o final de 2012 (lamento informar, mas acho que não é desta vez que o mundo vai acabar!). Como você gostaria de começar o ano de 2013?
Esqueça os planos mirabolantes e concentre-se em viver o ano de 2012 seguindo o ensinamento máximo da boa gestão de finanças pessoais: “viva de acordo com seus meios”. Os começos de ano são épocas em que renovamos nossas esperanças e nos sentimos mais motivados para irmos atrás de nossos sonhos. Não é bom, nem financeiramente nem psicologicamente, começar o ano cheio de encrencas para resolver. Coloque suas contas em ordem e se dê de presente de Natal, no ano que vem, um final de ano sem pressões financeiras. Começar o ano endividado não é apenas ruim para o nosso bolso, é ruim para a nossa sanidade.
 
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Originalmente postado no Blog do André Massaro na EXAME
 
André Massaro
Administrador de empresas pós-graduado em economia.
Já foi executivo financeiro, consultor e investidor profissional.
Mais de André Massaro AQUI


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