terça-feira, 8 de março de 2011

Despoluir o eu para crescer.

O que aconteceu conosco que temos uma necessidade gigante de estarmos ocupados e envolvidos com algo e nos esquecemos de nós mesmos? Em quê ponto o dinheiro passou a ser a prioridade das nossas vidas e a realização de um trabalho que só nós poderíamos fazer tornou-se secundário para a maioria? Bens e atividades supérfluas tornaram os homens cegos de si mesmos e tristes, apagados, cinzentos. Estamos “muito” preocupados com a poluição da natureza, mas nos esquecemos de despoluir a nós mesmos. Até que ponto escolhemos o que queremos? Até que ponto realmente decidimos que caminho tomar? Façamos uma “eucologia”! Foi assim que Jacques Lusseyran iniciou o seu texto “A Despoluição do Eu” que li recentemente e que tentarei resumir nas linhas a seguir.

O QUE É O EU?
Carregamos uma roupagem, uma personalidade, uma fantasia. Interpretamos diversos papéis: filho, mãe, irmão, professor, doutor, analista de sistemas, empregado, empresária, etc. Esses não são “nós”. Esses são nossas “faces”. O eu é mais profundo que isso, é o que nos move, o que nos dá movimento e o que permite que a nossa própria natureza, escondida embaixo destas várias roupagens, possa fluir. Cada uma dessas “roupas” que vestimos carregam suas próprias ilusões, seus próprios pensamentos e os seus próprios preconceitos. Elas praticamente agem sem o comando do nosso Eu que quase não aparece. Ele está escondido sob toda essa sujeira.

O Eu é o ponto inicial das nossas ações que veste roupas para interagir com o mundo à sua volta. Ele comanda de dentro da “nave” as nossas ações, mas por estarmos tão envolvidos e identificados com a nossa roupagem, pensamos e agimos como as roupas e não mais como o Eu que retorna completamente automatizado pelas ilusões do dia a dia ao nosso interior completamente apagado.

A DESPOLUIÇÃO DO EU E O MEDO
O medo controla a nossa vida porque nossa vida depende das roupas que utilizamos e dos papéis que interpretamos. Levamos nosso personagem tão a sério que tornamo-nos incapazes de refletir a respeito de quem somos e de como funcionamos. Chegam até mim pessoas que desconhecem totalmente qualquer coisa sobre si mesmos, pois elas não mal se conhecem. Tudo o que elas conhecem é o medo de serem elas mesmas. Medo de ficar sem dinheiro, medo de criar um negócio próprio, medo de responsabilidades, enfim, medo.

A sociedade hoje se separa entre culpados e vítimas.

Como vivemos todos envoltos por várias crenças e hábitos supérfluos, fica difícil encontrar o ponto onde estão nossos talentos e mais ainda colocá-los para fora para criarmos um negócio ou galgarmos mais degraus na escalada profissional. Abandonamos tanto o que somos que fica difícil retomar o caminho para, despoluindo o Eu, encontrarmos a nós mesmos debaixo dos nossos personagens.

LIVRE-SE DE TODA SUJEIRA

•Televisão
•Revistas
•Conversas fiadas
•Falar mal dos outros
•Jogos
•Etc.
Não é uma questão de parar totalmente de executar aquelas atividades que lhe permitem ficar um pouco ocioso ou se divertindo, mas temos que concordar que quando essas coisas passam a comprometer nossos projetos, fica difícil acreditar que continuar com os mesmos hábitos será uma coisa boa para a nossa vida. Quando percebi que gastava cerca de duas horas por dia jogando no Facebook, apaguei a minha conta no jogo na hora, pois não conseguiria concluir todos os meus projetos com a devida qualidade me comportando desta forma. Praticamente estava vestindo mais um personagem sem a menor necessidade ao invés de investir um pouco mais de tempo para me conhecer melhor e despoluir-me.

Só me despoluindo, estou conseguindo crescer um milímetro por dia e lhe aconselho a fazer o mesmo. A identificar dentro daquelas atividades que você executa, aquelas onde mais o seu Eu não está presente, pois onde ele não estiver, onde só estiverem suas roupagens, com certeza você não estará. Pense nisso para crescer mais um pouquinho sempre.

RETIRADO: DAQUI.

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