Bolsas de Wall Street fecham em alta, em sessão impulsionada por resultados.

SÃO PAULO - Os principais índices acionários dos EUA fecharam em alta nesta quinta-feira (27), após a Microsoft surpreender e revelar seus resultados trimestrais pouco antes do fechamento do mercado. No dia foram avaliados balanços mistos, enquanto indicadores mostraram a melhora do setor imobiliário. Já o mercado de trabalho voltou a mostrar fraqueza. No front externo, atenção ao Fórum Internacional de Davos e ao rebaixamento da nota de dívida soberana japonesa.

O índice Nasdaq Composite, que concentra as ações de tecnologia, fechou em alta de 0,58% a 2.755 pontos. O S&P 500, que engloba as 500 principais empresas dos EUA, encerrou o pregão em leve valorização de 0,22%, atingindo 1.300 pontos. Por outro lado, o Dow Jones, que mede o desempenho das 30 principais blue chips norte-americanas, apresentou alta de 0,04%, chegando a 11.990 pontos.


% Var Dia Pontos %Var 30D %Var Ano
Nasdaq +0,58 2.755 +3,47 +3,86
S&P 500 +0,22 1.300 +3,26 +3,33
Dow Jones +0,04 11.990 +3,58 +3,56

A gigante Microsoft registrou uma leve queda de seus lucros sobre o ano anterior, com os resultados impactados pela queda no ritmo de compras de computadores. No segundo trimestre fiscal os ganhos registrados foram de US$ 6,63 bilhões, ou US$ 0,77 por ação, comparados com os US$ 6,66 bilhões no ano anterior. Suas ações operaram em queda a maior parte do pregão, mas fecharam em alta de 0,31%.

Agenda
O número de pedidos de auxílio-desemprego reportados nos EUA na última semana veio pior do que as expectativas do mercado. O Initial Claims registrou um total de 454 mil novos pedidos na semana até 22 de janeiro, pior do que os 410 mil esperado pelos analistas. O indicador também mostrou piora em relação à semana anterior, quando ocorreram 403 mil solicitações, conforme os dados revisados.

Já o Durable Goods Orders apontou baixa de 2,5% em dezembro, número pior que o previsto por analistas, que estimavam alta de 1,5%. Os dados de novembro foram revisados para uma queda de 0,1%. O indicador é responsável por medir mensalmente os pedidos e entregas de bens duráveis feitos à indústria norte-americana.

Por outro lado, o número de contratos de compra e venda de casas nos EUA apresentou alta de 2,0% em novembro, informou a NAR (Associação Nacional de Corretores de Imóveis dos Estados Unidos). O resultado do período foi acima das expectativas, que apontavam queda de 0,5%

Mais resultados
O balanço da Caterpillar impulsionou o desempenho do Dow. A companhia reportou ganhos de US$ 1,47 por ação no quarto trimestre, número que ultrapassou a estimativa de analistas de US$ 1,28 por ação e levou suas ações à uma alta de 0,92%.

Já as ações da AT&T e Procter & Gamble mostraram quedas de 2,09% e 2,92%, respectivamente, após ambas terem reportado dados trimestrais abaixo do esperado peo mercado. Boa parte das vendas das companhias foram prejudicadas pelo elevado custo de commodities, o que preocupa investidores.

As ações da Qualcomm dispararam 5,86% após a maior fabrivante de chips para celular ter marcado ganhos de US$ 0,82 por ação no quarto trimestre, contra a média de US$ 0,72 do consenso de mercado. As vendas no período terminado em março devem ser de US$ 3,45 bilhões, disse a empresa, que ultrapassou as estimativas compiladas pela Bloomberg para o mesmo período.

A Potash avançou após a empresa de fertilizantes mais do que dobrar seus lucros com as fortes vendas. A empresa também anunciou que dobraria a quantidade de dividendos distribuídos por trimestre e viu suas ações avançarem 3,27%. A S&P Equity Research ainda elevou o preço-alvo da companhia de US$ 150 para US$ 175.

Líderes pedem por reformas estruturais
Líderes econômicos e políticos da Europa destacaram nesta quinta-feira a importância de reformas estruturais e transparência dentro do continente, no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Com a Europa se recuperando lentamente da crise mundial, as lideranças pedem por mudanças estruturais em educação e infraestrutura, necessárias para o bloco competir em um novo sistema global.

O presidente do BCE (Banco Central Europeu), Jean Claude Trichet, pediu por mais união econômica e ressaltou que embora a inflação seja a menor em 50 anos e represente uma vitória para a Zona do Euro, "há trabalho pela frente".

S&P corta rating japonês
A Standard & Poor's cortou a nota para a dívida soberana de longo prazo do Japão de "AA" para "AA-". Fazendo coro às dúvidas sobre a sustentação das políticas fiscais empregadas por países desenvolvidos, os analistas Takahira Ogawa e Elena Okorotchenko ressaltaram que a "S&P espera que o déficit fiscal do Japão permaneça elevado nos próximos anos, o que deverá reduzir a já frágil flexibilidade fiscal do governo".

FONTE: http://br.noticias.yahoo.com/s/27012011/22/economia-negocios-bolsas-wall-street-fecham.html