quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

POST 1171: DUBAI COMEÇA A SENTIR AS CONSEQUÊNCIAS DE CRESCER SEM CONSIDERAR O MEIO AMBIENTE



Estive em Dubai, em 2008, e fiquei fascinado com a cidade, tudo muito luxuoso, fascinante, a começar pelo aeroporto que é gigantesco, não fecha nunca, 24 horas a todo vapor, pessoas andando de um lado para outro, esperando suas conexões, as lojas todas lotadas cheio de artigos de primeira qualidade. A cidade é um grande canteiro de obras, prédios gigantescos, grandes avenidas, pessoas de todas as nacionalidades desfilando pelas ruas, tudo isso me fascinou muito.

O Japão fica próximo a Dubai, aproximadamente 7 horas de vôo, devido a grandes campanhas publicitárias, milhares de japoneses desembarcam em Dubai todas as semanas para conhecer a nova maravilha do Oriente Médio.

O Crescimento econômico e o impacto no meio ambiente



Mas por trás de todo esse encanto, os problemas ambientais causados na cidade que foi rapidamente construída sobre a areia do deserto não tem nenhum glamour. O crescimento tem sido intenso, mas as pessoas esquecem do meio ambiente. Nos últimos anos, turistas têm se deparado com detritos na praia causados pelo processo de dessalinização da água do mar.

Coisas básicas como o tratamento de resíduos e fornecimento de água limpa somadas aos inúmeros projetos industriais demandam tanta energia elétrica que a região está a caminho de um futuro nuclear, levantando questionamentos sobre riscos, tanto políticos quanto ambientais, sobre o fato de depender de uma tecnologia vulnerável a acidentes e ataques terroristas. Deslumbrados com a rápida urbanização de Dubai, outros países na região do Golfo tentam seguir seu modelo enquanto se preparam para o grande estouro populacional que está por vir nos próximos dez anos.

A visão dos governantes era a de que os negócios sempre vinham em primeiro lugar. Mas agora eles estão percebendo o aumento dos problemas, e descobriram que precisam ser mais cautelosos.



O maior desafio de Dubai é a obtenção de água potável, que só é própria para o consumo com a ajuda de grandes usinas de dessalinização. São elas que produzem as emissões de dióxido de carbono que tornaram os Emirados Árabes Unidos um dos países que mais emitem carbono no mundo. As usinas geram ainda uma enorme quantidade de sedimentos que são bombeados de volta ao mar.

Todo esse processo ameaça os mangues, a fauna e ávida marinha local. O rápido crescimento causou também outros tipos de problemas ambientais, incluindo o tratamento dos detritos que tem feito um esforço imenso para acompanhar todo esse desenvolvimento.

O que as autoridades tem feito para tentar diminuir os impacto ambientais



Autoridades afirmam que o ritmo de crescimento desenfreado tem sobrecarregado as fontes de recurso naturais. Muitos dos esforços para suprir a demanda dos próximos vinte anos têm aumentado os desafios de proteção ambiental, disse Majid Al Mansouri, secretário geral da Agência Ambiental de Abu Dhabi.

“Mesmo superando uma grande parte dos desafios, reconhecemos que ainda resta muito trabalho a ser feito”. A sustentabilidade é um assunto muito debatido por aqui, e a capital Abu Dhabi tem sido a maior encarregada pelos erros ocorridos em Dubai.



Para enfrentar o problema de água, Abu Dhabi montou um sistema de monitoramento de água subterrânea e está conseguindo reutilizá-la para irrigar propriedades e florestas no deserto. A cidade começou uma campanha de conscientização. No mês passado, governo aprovou o inicio da construção do primeiro reservatório de água dos Emirados Árabes Unidos, com capacidade para estocar água para abastecimento durante um mês. O governo também passou a exigir que novas construções sejam projetadas utilizando os padrões ocidentais de redução de impacto ambiental no tocante ao consumo de água e energia.



A ameaça do esgoto diminuiu desde que Dubai inaugurou parte da nova estação de tratamento de água no meio deste ano, duplicando a capacidade de tratamento nos Emirados Árabes. Além disso, após a crise financeira que atingiu Dubai, cerca de 400.000 trabalhadores migrantes deixaram o país, reduzindo a demanda das usinas de tratamento, que atualmente operam em capacidade máxima.

Mas até mesmo estas soluções enfrentam dificuldades. Muitas coisas boas estão acontecendo, mas ao mesmo tempo, com todas as leis ambientais, estratégias e planos de sustentabilidade, nem tudo tem sido aplicado.

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Fotos: Sampro / MEHDI786 / 2DC / Flag / naseer132 / FTC
Texto de Clovis Akira ( @clovisakira )
Contabilista, Corretor de Imóveis, Articulista do Jornal Sete e admirador da cultura japonesa.Site: http://ca-igarashi.blogspot.com/Retirado de COLETIVO VERDE

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